Natal: Bispo de Santarém apela à «fraternidade e justiça» contra «individualismo»

São precisos corações «iluminados» pelo desejo do bem, diz D. Manuel Pelino

Santarém, 12 dez 2014 (Ecclesia) – O bispo de Santarém, na sua mensagem de Natal intitulada ‘Que o Natal permaneça’, pede aos cristãos que saiam das suas “zonas de conforto” ao encontro do outro e lutem contra o “relativismo, a indiferença e o individualismo”.

“Para fazer caminho temos de sair dos nossos acampamentos seguros, das nossas zonas de conforto, dos nossos apegos”, alerta D. Manuel Pelino, que cita os números dois e oito da exortação apostólica do Papa Francisco ‘A Alegria do Evangelho’.

O bispo da Diocese de Santarém explicou que quem quer viver o Natal como um projeto de vida “iluminado” pela “fraternidade e justiça” deve renunciar ao “individualismo” e sair ao encontro dos outros.

“Lutar contra o relativismo que não deixa aderir à verdade e à bondade e vencer a indiferença mútua que se instala nas sociedades de bem-estar e de consumismo”, são outras renúncias a que o prelado apela.

Na mensagem de Natal à diocese é assinalado que Jesus identificou-se com os mais humildes e indigentes e aproximou-se dos pobres e pecadores para “elevar a sua dignidade” para além de se ter dedicado aos doentes, desanimados e excluídos para os “curar e integrar na comunidade”.

Nesse contexto, os desejos de D. Manuel Pelino para este Natal, e que pretende que permaneçam para lá no tempo, são o “calor da fraternidade, da bondade e da esperança”.

Segundo o evangelho, escreve, Jesus habitou com as pessoas para se “encontrar” com todos e “transformar as relações”.

Crianças, jovens, idosos, doentes e sociedade em geral, através das famílias, têm uma atenção, especial da parte do bispo diocesano na sua mensagem.

Sobre os mais novos, o bispo faz votos de que “recebam o presente do acompanhamento afetivo” e cresçam com confiança e alegria; já aos jovens, o prelado pede que tenham a força de “lutar por um futuro com esperança”.

Aos idosos D. Manuel Pelino deseja “o calor da proximidade e da ternura” por parte dos familiares e amigos, e às famílias desafia a “crescerem no amor, no diálogo e na atenção mútua”.

CB/JCP

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Agência ECCLESIA

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