D. Antonino Dias refere que «Jesus Cristo tem sempre algo de novo a revelar»
Portalegre, 03 dez 2019 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco escreveu uma mensagem de Advento, tempo de preparação para o Natal no calendário católico, convidando a passar “do populismo ao presépio”.
“Sabendo embora que a cultura light se carateriza pela busca da leveza e com tudo aquilo que isso reclama, também sabemos que o populismo quase sempre manipula ou mascara os olhares e o discernimento das prioridades. Parte de generalizações que absolutiza e incute soluções afuniladas, muitas vezes ao arrepio da realidade”, refere o texto, divulgado no site diocesano.
D. Antonino Dias considera que Jesus Cristo “tem sempre algo de novo a revelar a cada tempo e a cada pessoa”.
“Se misturarmos a nossa vida com a vida de Jesus, crescemos sempre. Aliás, esse é um dos grandes desafios do Advento. Muitas vezes, talvez procuremos Jesus apenas para que esta ou aquela situação fique resolvida. Jesus, porém, procura-nos, vem ao nosso encontro para permanecer sempre connosco”, indica.
O responsável católico admite que a universalidade do Natal e o conhecimento de Jesus Cristo poderiam ter feito dele “apenas um fenómeno tipo populista, isto é, um fenómeno que aparecesse, desaparecesse e se desvanecesse”.
“Como a vida tem sempre de ser lida ‘por dentro’, percebemos melhor que a universalidade de Jesus Cristo e do seu mistério é a expressão da verdade fundamental e da sabedoria que contém para a vida de todos”, precisa.
Jesus não é apenas uma verdade universal. É, sobretudo, uma verdade que se pode interiorizar e que se pode viver. Tem, nessa medida, outra substância que não apenas o brilho da aparência.
Aludindo à “exuberância” das manifestações exteriores, D. Antonino Dias pede que o Natal seja vivido no “coração”, promovendo uma “amizade mais profunda com Jesus Cristo”.
“No meio de todo um universo a contracenar com a cultura light e populista, temos um pequeno e simples espaço em Belém onde Jesus nasce e por onde Jesus entra na humanidade. Partindo daí, o horizonte é a humanidade inteira”, escreve.
OC