Natal: Bispo de Coimbra pede que «atitudes de proximidade, partilha, entreajuda» estejam «marcadas pela verdade»

«Todos precisamos de consolar e de ser consolados» – D. Virgílio Antunes

Coimbra, 17 dez 2020 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra lembra que a situação que se vive “à escala universal” da pandemia Covid-19 revela “dramaticamente a mais dura realidade a exigir luz e esperança” na mensagem de Natal onde incentiva à solidariedade e consolação.

“O Natal é este forte apelo à solidariedade, que faz de nós consoladores dos que estão em situação de maior debilidade ou desconsolo. A solidariedade, que tem normalmente, uma dimensão material, tem sempre a mais autêntica dimensão espiritual, que, neste Natal, se chama consolação”, escreve D. Virgílio Antunes.

Na mensagem de Natal 2020, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o bispo de Coimbra incentiva que se procure que “as atitudes de proximidade, partilha, entreajuda, que tocam por fora, estejam de tal modo marcadas pela verdade” e que “toquem ainda mais por dentro” e constituam, enquanto gestos humanos, “claros sinais do gesto consolador do amor divino, que celebramos no Natal de Cristo”.

“Oferecemos o nosso coração solidário a quem, por dever de profissão e por sentido de missão, se dedica ao serviço em favor dos outros, particularmente na linha da frente dos cuidados de saúde, nas instituições de acolhimento de idosos e doentes, nos lugares de solidariedade e caridade, na assistência espiritual e religiosa, no discernimento das medidas adequadas à situação que se vive”, desenvolveu.

D. Virgílio Antunes assinala que a situação que agora se vive à escala universal, “a de uma humanidade afetada por uma pandemia”, revela “dramaticamente a mais dura realidade a exigir luz e esperança”.

“Desta vez sentimos na própria pele, e ninguém fica de fora, o que significa estar debilitados por causa da doença, da solidão, do medo, do isolamento, da carência económica, da fragilidade dos laços humanos, sociais ou laborais”, acrescentou.

Segundo o bispo de Coimbra, a Boa Nova do nascimento de Jesus “terá mais impacto” mesmo que as celebrações natalícias familiares, sociais, litúrgicas, estejam marcadas pela “sobriedade que a saúde pública e a caridade impõem”.

D. Virgílio Antunes observa que as luzes do Natal brilham este ano “de forma mais discreta”, deixando, assim, alumiar de forma mais intensa “a grande luz que ofusca todas as trevas nas quais mergulhou a humanidade”.

“Todos estamos atingidos por alguns sinais das trevas, nem que seja a tristeza que nos invade ou a ansiedade relativamente ao dia de amanhã. Todos precisamos de vislumbrar no mais íntimo de nós mesmos os sinais de luz, aí sediados pela nossa condição humana e assumidos a partir da fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus, a verdadeira Luz do Mundo”, escreveu o bispo de Coimbra na mensagem de Natal 2020.

“Neste Natal rezamos por toda a humanidade, para que acolha a luz que, a partir de Belém, brilha em toda a terra. Pedimos o dom da consolação para todas as pessoas que se possam sentir mais tristes e desconsoladas. Rogamos a esperança para quem já se deixou sucumbir face ao desânimo de uma vida difícil.”

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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