Objetivo é levar calor desta quadra, diz D. António Moiteiro
Aveiro, 23 dez 2016 (Ecclesia) – A agenda de Natal do bispo de Aveiro vai incluir uma ceia na noite de Consoada (24 de dezembro), com sem-abrigo e com estudantes universitários estrangeiros.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. António Moiteiro sublinha a intenção de “levar o calor cristão, que o Natal traz a toda a humanidade”, a pessoas que vivem momentos mais difíceis, “que vivem na rua, que fruto das dificuldades económicas vivem na miséria, ou que estão longe de casa e sozinhos”.
“Essa é a ceia do bispo de Aveiro, não é na casa episcopal nem com familiares”, frisa o responsável católico.
A iniciativa com os sem-abrigo é organizada pela associação ‘Florinhas do Vouga’, uma instituição particular de solidariedade social de Aveiro, e vai ter lugar na sua cozinha social, situada no Bairro de Santiago, uma valência que está aberta e em funcionamento “todos os dias do ano”.
De acordo com Sandra Marques, do setor do voluntariado de rua da referida IPSS, “se for à semelhança do ano anterior deverão estar entre 30 a 50 pessoas”.
“As pessoas que vão são aquelas que nós acompanhamos ao longo do ano, e no fundo procuramos combater o isolamento, para que elas não estejam sozinhas nesta noite, para estarem com umas com as outras, também com os nossos colaboradores e voluntários, no convívio”, salienta.
Quanto à ceia de Natal com os estudantes universitário estrangeiros, este evento é promovido pelo Centro Universitário Fé e Cultura, em parceria com os Serviços de Ação Social da Universidade de Aveiro.
Um projeto que, segundo Miguel Oliveira, do Serviço de Ação Social da Universidade de Aveiro, nasceu há 16 anos e visa proporcionar “um momento de confraternização, não só a estudantes mas docentes que não vão a casa nesta altura do ano”.
No jantar deverão estar “entre 170 a 200 pessoas, provenientes dos quatro cantos do mundo”, entre as quais um grupo de “alunos sírios que vieram para Portugal ao abrigo de um acordo entre o antigo presidente da República, Jorge Sampaio, e a plataforma que ele coordena de acolhimento a estudantes universitários”.
Mas também pessoas de “múltiplas culturas e credos, desde católicos a muçulmanos e hindus”, que estão na Universidade de Aveiro “através do programa Erasmus, de programas de mobilidade internacional, a fazerem doutoramentos ou mestrados”.
“Isto acaba por ser também um momento ecuménico, de integração, de acolhimento muito interessante”, admite Miguel Oliveira.
Os participantes terão oportunidade de apresentar sobremesas típicas dos seus países e de trazer também à festa algumas manifestações culturais que marcam a sua vivência, em áreas como a música e o canto.
JCP
