Natal: Bispo de Angra convida a escutar as lições da «provocante pequenez de Deus

D. Armando Esteves Domingues recordou as instituições e os profissionais que cuidam da fragilidade e da exclusão

Foto Agência ECCLESIA/HM

Angra do Heroísmo, Açores, 24 dez 2023 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Angra afirmou na Missa da Noite de Natal que as pessoas que ajudam quem precisa são “como os Anjos que anunciam a paz” e convidou a escutar as lições da “provocante pequenez de Deus”.

“Vamos ao Presépio encontrar o Deus Menino e escutar as lições emanadas desta provocante “pequenez de Deus”. Precisamos Deste Menino no nosso presépio, não outro”, afirmou D. Armando Esteves Domingues.

Na catedral da diocese, o bispo de Angra disse que o anúncio dos anjos “irrompe nas noites escuras da humanidade” e, como aconteceu com os pastores, considera que também hoje “há sempre um Anjo” ao e “muitas estrelas no céu” que levam a Jesus”, nomeadamente quem cuida dos “doentes, idosos e crianças, sem abrigo, presos, portadores de deficiências”.

“Sinto-me um privilegiado por tantas instituições que visitei neste Advento e onde encontrei esta marca tão humana e tão cristã que é colocar a pessoa no centro, como fez Deus ao oferecer-nos o Seu Filho, feito igual a nós, solidário connosco, a começar pelos mais pobres e fracos”, afirmou.

D. Armando Esteves Domingues reconheceu o trabalho dos “dirigentes, profissionais ou voluntários” das instituições sociais e os “gestos de famílias, comunidades e instituições” que partilham cabazes e ajudam quem precisa.

“Cristo veio há 2000 anos e vem hoje mobilizar a todos para um grande movimento de humanização em ordem a uma fraternidade sem fronteiras nem barreiras”, sublinhou.

Para o bispo de Angra, é necessário lembrar a “muita maldade e crueldade” que perdura e ter presente os “gritos” do Menino Jesus “nos dramas da humanidade quando a unidade e a fraternidade parecem derrotadas”.

“Ele grita, hoje, nas vítimas inocentes das bombas e dos massacres, naqueles que vivem em estações de comboios, bancos, tendas ou ao relento ao lado de caixotes do lixo; nos que saem das Estações dos comboios, onde dormiram, diretamente para o seu local de trabalho, porque esse trabalho não garante que se escape à pobreza, ter casa e alimentar uma família”, lembrou.

O bispo de Angra acrescentou que o acontecimento do Natal recorda que “já não há medo que paralise, nem grito de dor que não tenha salvação” e é uma oportunidade para abandonar as atitudes do “homem velho” e assumir as do “homem novo”.

“É uma empresa que não terminará com o Natal, mas pode começar com ele” disse o bispo de Angra.

Na Noite de Natal, D. Armando Esteves Domingues convocou todos para o itinerário que a diocese quer percorrer até 2025, o ano do Jubileu da Esperança, um período para refletir os temas propostos pelo Sínodo e para os quais se necessitam “as achegas” de todos sem abandonar ninguém.

O bispo de Angra referiu-se a alguns são temas “fraturantes”, mas confessa preferir a palavra “mobilizadores” porque o importante é a reflexão é “para revitalizar a Igreja e a sociedade nas suas famílias, jovens, instituições e estilos evangelizadores ou humanizadores”, considera D. Armando Esteves Domingues.

HM/PR

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Agência ECCLESIA

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