Natal: Bispo da Guarda incentivou ao respeito pela «dignidade de cada pessoa»

D. Manuel Felício presidiu à Eucaristia da noite de Natal na Sé da Guarda

Guarda, 27 dez 2017 (Ecclesia) – O bispo da Guarda afirmou que Jesus é “uma luz libertadora” que “desfaz o jugo e o bastão do opressor” e, sobretudo, abre um “novo futuro de paz” que é um bem desejado por todas as pessoas.

“[Nasceu] despido da Sua importância divina para oferecer a todos os homens e mulheres deste mundo a oportunidade de criarem uma nova ordem de relações em sociedade”, disse D. Manuel Felício na noite de Natal.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o bispo diocesano explicou que essas relações “não são baseadas em interesses”, individuais ou de grupo, mas “no reconhecimento do valor maior da dignidade de cada pessoa”.

Na Sé da Guarda, o seu prelado realçou que a luz do Natal “aponta caminhos novos” e quando “os grandes deste mundo” encontrarem e seguirem os caminhos “da simplicidade e da pobreza”, como os pastores de Belém, é o “caminho certo” para construir-se “a desejada sociedade nova” onde todos vão sentir-se “bem e para onde a mensagem do Natal remete”.

Neste contexto, D. Manuel Felício alertou também para que “os poderes” compreendam que “o seu estatuto é de serviço aos outros”; para a sociedade e as culturas dominantes descobram e aceitem que “a dignidade e o valor de cada pessoa estão sempre acima de qualquer espécie de calculismo”.

O bispo da Guarda alertou também para as “muitas bolsas de resistência” que existem na sociedade, em cada pessoa e nos grupos, que “não acolhem apenas e sempre as ofertas do amor e dos valores”.

Neste âmbito, explicou que as “bolsas de resistência também têm nomes” como “os casos de abandono dos mais débeis e necessitados”, sobretudo idosos; as agressões à natureza, “em nome de um bem-estar sem limites”; esquecer as “dimensões mais nobres da vida das pessoas”.

“É o facto de alguns querem sujeitar o bem das pessoas à imposição das suas ideologias ou tentarem usar a autoridade e os poderes públicos como trampolim para a sua promoção pessoal e não para servir os outros e a construção da comunidade, como era seu dever”, acrescentou, na noite de Natal.

No final da homilia o prelado deixou votos para que neste Natal todos saibam “revisitar” a lição do Deus Menino que mostra o “caminho para abrir futuro novo às sociedades”.

CB

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