Responsáveis diocesanos multiplicaram apelos à partilha e solidariedade
Lisboa, 24 dez 2013 (Ecclesia) – Os bispos portugueses prestaram atenção às consequências da atual crise económica nas suas mensagens para o próximo Natal, divulgadas pela Agência ECCLESIA, pedindo atitudes solidárias e de proximidade.
O bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto, sustenta que “a celebração do Natal de Cristo terá de se traduzir em atitudes, gestos e ações de partilha e de solidariedade com as pessoas e as famílias mais necessitadas sobretudo nestes tempos de crise”.
O arcebispo de Évora alertou por sua vez para a exclusão dos mais necessitados na sociedade contemporânea e apelou à “defesa dos valores da vida”: “A sociedade dos humanos, que não recebeu o Salvador, continua a não ter lugar para acolher os que precisam”, alerta D. José Alves.
Em Braga, o arcebispo D. Jorge Ortiga declarou que é necessário combater o “pecado original do consumismo” e ajudar as lembra vítimas da discriminação, do desemprego e da fome.
O bispo de Aveiro vai partilhar o jantar de Natal com sem-abrigo da cidade, anunciou na sua mensagem para esta celebração, na qual alerta para as diversas formas de rejeição e exclusão na sociedade.
D. Gilberto Reis, bispo de Setúbal, pede aos cristãos que esta celebração tenha como fruto uma presença de “alegria” e “esperança” junto de quem “esteja a sofrer o desemprego, a droga, a fome, a solidão, o desencanto da vida, a doença, a violência ou outra pobreza”.
O bispo da Guarda apelou a um esforço da sociedade portuguesa para assegurar o “direito fundamental” ao trabalho.
“Este Natal convida-nos, por isso, a reforçar a proximidade com todos, a começar pelos que mais precisam”, refere D. Manuel Felício.
D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu, pede na sua mensagem de Natal que se “privilegiem aquelas que vivem com dificuldades”, procurando quem se encontra “nas periferias da vida”.
Já D. Anacleto Oliveira, bispo de Viana do Castelo, exortou os fiéis a irem ao encontro dos mais frágeis da sociedade, como doentes ou idosos, para que cada um tenha “mais um Natal cristão”.
D. António Vitalino, bispo de Beja, escreveu a mensagem ‘Natal da esperança’ e alerta que o cristão “não pode contentar-se” em viver esta festa sem conteúdo, mas deve “celebrar a fé” com a comunidade e com a família.
O bispo de Vila Real, na mensagem de Natal pretende que a Igreja diocesana encontre “os homens necessitados, famintos da verdade e amor”.
“A Igreja de Cristo vive, sempre, em êxodo, de saída para as periferias”, escreve D. Amândio Tomás.
D. Manuel Pelino, bispo de Santarém, afirmou na sua mensagem de Natal que é necessário cuidar “da alegria e da união de todos” e promover os valores natalícios num período de dificuldades sociais e económicas.
O bispo da Diocese de Angra (Açores), D. António de Sousa Braga, sublinha que para além de bens é necessário “partilhar o tempo, as capacidades e competências” ao serviço do bem comum e da justiça social.
O bispo do Funchal, D. António Carrilho, evoca na sua mensagem de Natal os “dramas e dificuldades da vida presente” e pede às comunidades católicas que disponibilizem tempo, afeto e acolhimento a quem mais precisa.
D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco, convidou as comunidades católicas a viverem o Natal com uma particular atenção às necessidades “dos pobres, dos doentes, dos que sofrem ou são excluídos”.
“Este ano, e mais uma vez, o Natal volta a ser celebrado em circunstâncias muito particulares de dificuldades vividas pelas famílias, pelos cidadãos portugueses e do mundo inteiro”, admite D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra.
OC