D. Rui Valério lembra nascimento de Jesus em «lugar e modo altamente improváveis», onde ainda «tantas crianças são dadas à luz»
Lisboa, 18 dez 2024 (Ecclesia) – O administrador apostólico da Diocese das Forças Armadas e de Segurança de Portugal afirma que este ano, “o olhar, iluminado de amor e espírito solidário”, volta-se para os “ondes” que se tornaram “nascentes de luz para uma nova humanidade”.
“O nascimento do Menino, realizado em geografias e logísticas impensáveis, não nos mostra apenas a total solidariedade de Deus com a humanidade, aquele seu estilo tão abençoado de partilhar vicissitudes e anseios da humanidade”, escreve D. Rui Valério, na mensagem de Natal 2024 para as Forças Armadas e Forças de Segurança, enviada à Agência ECCLESIA.
O administrador apostólico do Ordinariato Castrense de Portugal explica que o nascimento de Jesus “deu-se num lugar e dum modo altamente improváveis”, que, “infelizmente”, ainda “é onde e como tantas crianças são dadas à luz”.
“Não foi numa casa aconchegante, nem numa maternidade apetrechada com avançadas técnicas obstétricas, mas num curral, lugar de repúdio e exclusão, sendo o berço uma simples manjedoura; e rodeado, segundo uma iconografia de bíblica inspiração, não por uma equipa de competentes peritos, mas, “pelo boi e pelo jumento” que, segundo os Padres da Igreja, são símbolo da nova humanidade”, desenvolveu.
“Este ano, o nosso olhar, iluminado de amor e espírito solidário, volta-se repleto de esperança para aqueles ‘ondes’ que, graças a Jesus Cristo, se tornaram nascentes de luz para uma nova humanidade.”
D. Rui Valério, patriarca de Lisboa, assinala que os homens e mulheres das Forças Armadas e das Forças de Segurança “oferecem o que têm, mas sobretudo o que são” em recônditos locais “carentes de humanidade”.
“Operar na adversidade é o contexto de atuação das Forças Armadas e Forças de Segurança; atuar no contexto das Forças Nacionais Destacadas; proteger os mais frágeis, socorrer os aflitos de catástrofes naturais ou vítimas do flagelo é muito mais que demostração de coragem, é verdadeiro serviço abnegado e incondicional aos outros cidadãos”, exemplificou.
Na mensagem de Natal 2024, no final de um ano, o administrador apostólico do Ordinariato Castrense de Portugal, expressa “gratidão aos camaradas das Forças Armadas e das Forças de Segurança que deram tudo de si, a própria vida”, por Portugal, no combate aos incêndios, e lembra os “cinco camaradas da GNR”, militares que morreram num acidente de helicóptero que caiu no Rio Douro, no dia 30 de agosto.
“Obrigado aos camaradas da Marinha, do Exército, da Força Aérea, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública… cada dia, cada lugar, cada momento é o vosso campo da honra.”
Pertencem ao Ordinariato Castrense e estão sob a sua jurisdição todos os fiéis militares e também aqueles que, por vínculo da lei civil, se encontram ao serviço das Forças Armadas; são também setores integrantes as Forças de Segurança, ou seja, a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública.
O Serviço de Assistência Religiosa das Forças Armadas e das Forças de Segurança foi regulamentado em 2009, na sequência da Concordata assinada entre Portugal e a Santa Sé em 2004, sendo constituído pela Capelania Mor e pelos centros de assistência religiosa da Armada, do Exército, da Força Aérea, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública. Em 2025, o Ordinariato Castrense em Portugal vai ter um novo bispo; D. Sérgio Dinis, bispo eleito da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança é ordenado no dia 26 de janeiro, pelas 15h30, na igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Real, numa celebração presidida por D. António Augusto Azevedo, sendo coordenantes D. António Marto e D. Rui Valério. |
CB
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