Associação promove nova edição da iniciativa, cujas candidaturas podem ser apresentadas até esta terça-feira
Lisboa, 17 dez 2024 (Ecclesia) – O secretário-geral da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) disse que o concurso ‘Presépios na Empresas’ quer representar mais um momento para os colaboradores se reunirem.
“A ACEGE defende sempre a humanização das empresas. Portanto, a empresa é um conjunto de pessoas, muito mais do que números. O que interessa aqui, mais uma vez, é juntar as pessoas, dar-lhes um sentido e conseguir que o presépio seja mais um momento em que as pessoas se reúnem”, afirmou Jorge Líbano Monteiro, no Programa Ecclesia, transmitido hoje, na RTP2.
O entrevistado adianta que, em alguns casos, há um momento em que famílias de colaboradores também se juntam e que é este o espírito que a ACEGE gostaria que houvesse nas empresas: a “capacidade de as pessoas se reunirem, tratarem-se pelo nome”.
Desde 2020 que a ACEGE desafia grandes, médias, pequenas empresas e grupos de trabalhadores ou individuais a construir presépios no local de trabalho, com o objetivo de fazer Cristo presente, e este ano não foi diferente, com os vencedores a serem anunciados, depois da avaliação de um júri, que escolhe os três melhores de cada categoria.
O prazo para os concorrentes apresentarem as candidaturas para o email acege@acege.pt estende-se até hoje.
“Parece-nos que é importante relembrar a todos, também dentro das empresas, como em casa o fazemos, que o Natal é o nascimento de Jesus e, portanto, o presépio representa essa realidade”, referiu o secretário-geral da ACEGE.
Para o Jorge Líbano Monteiro, “não tem lógica que as empresas passem à margem” do nascimento de Jesus, mesmo sabendo que nem todas as pessoas são católicas.
O concurso de presépios abrange quatro categorias, sendo elas grandes empresas (com mais de 250 colaboradores), médias empresas (entre 51 e 249 colaboradores), pequenas empresas (até 50 colaboradores) e grupo de colaboradores ou individuais.
O Hospital da Luz, na capital, o Metropolitano de Lisboa, o Banco Santander foram algumas das empresas vencedoras de anos anteriores, enuncia o responsável, que refere que quem trabalha a partir de casa também pode concorrer.
“Tivemos o ano passado também um vencedor em teletrabalho, que era um pequeno presépio que estava ligado com o seu ecrã. E, portanto, é essa a presença. Aqui o que interessa é precisamente, mais do que o concurso em si é mostrarmos que há formas diferentes de representar”, destacou Jorge Líbano Monteiro.
O secretário-geral da ACEGE relata que “há histórias interessantes da forma como as empresas se unem também para fazerem o próprio presépio”.
“O presépio faz parte já de uma tradição da empresa. E, portanto, [queremos] mostrar que é normal construir o presépio dentro das empresas e que é um bom desafio fazer nas empresas”, realçou.
A ACEGE propõe a vivência cristã nas empresas não só no Natal, mas no ano inteiro, tendo como missão “transformar pessoas”, “líderes”, e “trabalhadores”, para depois “transformar as empresas” e consequentemente a sociedade.
Um dos projetos da Associação Cristã de Empresários e Gestores centra-se em combater a pobreza no interior das empresas.
“Muitas vezes os conselhos de administração e os gerentes dizem que a pobreza dos seus trabalhadores não é a responsabilidade sua, mas nós estamos a dizer que também é, e que, portanto, não é a responsabilidade direta, mas na verdade podem fazer muito também pela pobreza dos seus colaboradores e pelas zonas mais frágeis dos colaboradores”, ressaltou.
A ACEGE, constituída em 1952, sob a denominação UCIDT – União Católica de Industriais e Dirigentes de Trabalho, é uma associação sem fins lucrativos e tem personalidade jurídico-canónica e civil, nos termos do artigo 10 da Concordata entre a Santa Sé e o Estado Português e do Cânone 215 do Código de Direito Canónico.
HM/LJ/PR