Napolitanos presenciaram milagre de São Januário

Na solenidade do Padroeiro da cidade de Nápoles, milhares de fiéis puderam ser testemunhas do famoso milagre de São Januário, na catedral local. Como en todos os anos, os fiéis que participam na Missa esperaram ansiosos a liquefacção do sangue de “San Gennaro”, que ocorre todos os anos, há vários séculos, durante a solenidade litúrgica do santo italiano. Ontem, mais uma vez, o sangue tornou-se líquido às 9h59 da manhã –hora local– diante de uma grande quantidade de pessoas que testemunharam o acto anunciado pelo Arcebispo da cidade, Cardeal Michele Giordano, como já é tradição, com a agitação de um lenço branco de cima do altar. Segundo a tradição, São Januário, que fora Bispo de Benevento, sofreu o martírio no ano 305, durante a perseguição de Diocleciano. O milagre de São Januário consiste na liquefacção de um pouco do sangue do mártir, que se conserva seco numa pequena redoma de cristal. Este fica à vista da cabeça do bispo e começa a borbulhar de uma forma muito estranha, como se estivesse fresco e tivesse acabado de ter sido derramado. O encontro deste ano teve um carácter especial, dado que se completaram 17 séculos sobre o martírio de San Gennaro, ocorrido, segundo a tradição, no ano 305. O sangue de São Januário liquefaz-se, geralmente, três vezes por ano. Além da solenidade litúrgica do santo, patrono de Nápoles e da região da Campânia, ocorre a 16 de Dezembro, aniversário da erupção do Vesúvio de 1631 terminada após orações ao patrono e no sábado anterior ao primeiro Domingo de Maio, dia em que se comemora a trasladação das relíquias do santo para Nápoles. Sobre a autenticidade do sangue de São Januário, um grupo de cientistas da Universidade de Turim confirmou há anos que a substância contida nas duas ampolas do relicário é sangue autêntico. Os cientistas reconheceram então que não podiam explicar por que razão o pó se transforma em sangue num dia determinado e a seguir em pó, precisamente até à data seguinte. Este é o milagre, a Igreja permite o culto, os napolitanos não admitem quaisquer dúvidas a esse respeito…

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