«Não Obrigada»

Plataforma esclarece motivos para votar «Não» no referendo ao aborto Nasce oficialmente amanhã a Plataforma “Não Obrigada”, agregadora de vários movimentos que se manifestam contra a despenalização do aborto, afirmando-se “prontos para esclarecer os portugueses sobre o que está em causa”. Sandra Anastácio, responsável e um dos pivots da Plataforma, afirma à Agência ECCLESIA que “queremos uma campanha moderna, dinamizadora, feita no feminino”. O aborto é uma questão feminina e “embora sintamos que o homem não deve estar de fora desta questão, pela forma como a pergunta está feita, o homem fica de fora”. Manifesta o desejo de uma campanha “moderna, inovadora e sobretudo muito séria, esclarecedora e muito serena”. Segundo Sandra Anastácio está em causa uma liberalização da lei do aborto. A Plataforma mostra-se contra a forma “como a pergunta está feita porque fala na despenalização até às 10 semanas”, explica, acrescentando que “o aborto está despenalizado desde 1984 no que diz respeito à deficiência do feto, violação e problemas de saúde para a mãe; o que está em causa é que à mulher, a seu pedido, seja feito um aborto num serviço público ou numa clínica privada financiada pelo Estado”, situação com a qual não concordam. A esta posição juntam-se pessoas de várias áreas de formação e de várias áreas científicas. “É um grupo de pessoas que de acordo com a sua experiência se opõem à sua liberalização” afirma a directora da Ajuda de Berço. O primeiro passo que pretendem dar “é esclarecer que a pergunta está mal feita, porque o que se propõe é uma liberalização até às 10 semanas” e sobretudo “esclarecer sobre o que é o aborto, sobre o que de facto deveríamos estar a discutir, que é dar um apoio maior à maternidade, à mulher e às crianças” enuncia. Em vez disso, “estamos a discutir o aborto, mas vamos dar o nosso contributo enquanto cidadãos para uma discussão abrangente com profissionais de várias áreas”. As Conferências e as formações em que apostam serão lugar de esclarecimento, nomeadamente de estudos realizados noutros países onde o aborto foi liberalizado, e que viram a taxa aumentar substancialmente. “Vamos hoje receber americanos em Portugal, que vêm dar o seu testemunho, porque todos os países que liberalizaram o aborto tem-se observado desde a data de liberalização que o aborto tem aumentado muitíssimo. É um facto comprovado. Não diminui o número, antes pelo contrário, pois o aborto é utilizado como contracepção”. Amanhã, no Centro de Congressos de Lisboa, pelas 12h30, várias personalidades públicas darão o seu testemunho e o “seu contributo para esta campanha até ao referendo” lançando assim o terreno para um debate que pretendem esclarecedor.

Partilhar:
Scroll to Top