«’Não havia lugar para eles na estalagem’, mas mesmo assim encontramos um espaço» – O acrescento que Pedro Góis gostaria de escrever – Emissão 18-12-2025

«O que torna a sociedade possível?» foi a pergunta cimeira que desinquietou Pedro Góis e o reteve no estudo da Sociologia. Cedo percebeu que sem conhecer as pessoas a investigação seria estéril e isso levou-o, em anos iniciais, a conhecer a hospitalidade cabo-verdiana do Bairro 6 de Maio, a entrar em casas de zinco, em cheiros de cachupa e sons comunitários. O acolhimento recebido na periferia de Lisboa reconhece-o também em outras geografias: num português que acolhe um desconhecido nas ruas de Paris, num vendedor de castanhas nas ruas em Bruxelas, mas também nos Evangelhos que opta por escutar a cada semana onde encontra desafios para a humanidade.

Pedro Góis cultiva a descrição e a incisão das palavras: «’O discurso polarizado é uma tática política e, se pensarmos bem, percebemos que não é uma solução’; ‘Não havia lugar para eles na estalagem, mas mesmo assim encontramos um espaço. Foi um espaço que se tornou digno, que não era próprio, mas que se tornou digno. E essa é a mensagem’; ‘A imagem da «Última Ceia» é uma metáfora magnífica’».

A área das migrações chamaram o Professor de Coimbra para diretor científico do Observatório, local onde procuram, através da educação, da observação e da análise, contribuir para a elaboração de políticas públicas que gerem melhor integração, mais entendimento sobre comunidades e influenciar gerações para o diálogo e o conhecimento.

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