Não há oposição entre ciência e fé, diz o Papa

Bento XVI lembra S. Alberto Magno, teólogo do século XIII

Bento XVI defendeu esta Quarta-feira que não há oposição entre ciência e fé, lembrando a vida e obra de S. Alberto Magno, teólogo do século XIII.

“Alberto Magno lembra-nos que não há oposição entre ciência e fé e os que estudam as ciências da natureza podem percorrer um verdadeiro caminho de santidade”, assinalou.

Na audiência geral desta semana, o Papa destacou a figura do dominicano, grande mestre de teologia escolástica canonizado pelo Papa Pio XI, que o proclamou “Doutor da Igreja”.

“Ele coloca em destaque o facto de a filosofia e a teologia terem métodos diferentes, mas o seu diálogo coopera harmoniosamente para a descoberta da verdadeira vocação do homem”, observou Bento XVI.

O Papa convidou a rezar para que “na Igreja não faltem nunca teólogos que estejam enraizados na oração, competentes e cheios de sabedoria”.

Em português, Bento XVI disse que S. Alberto Magno “estudou com rigor científico as obras de Aristóteles e delas extraiu o que era universalmente válido, mostrando a sua harmonia com as verdades da fé cristã”.

“Um motivo para lhe tributarmos a mais viva admiração é ter sido o mestre de S. Tomás de Aquino: entre estes dois grandes teólogos, instaurou-se uma relação de mútua amizade, saindo Alberto em campo quando foi preciso defender o pensamento de Tomás de objecções e condenações totalmente injustificadas”, assinalou.

Para o Papa, título de “Magno”, grande, com que Alberto passou à história “indica a vastidão e profundidade da sua doutrina, associada à santidade de vida”.

“Tinha como regra de vida: «Querer para a glória de Deus tudo o que eu quero, tal como Deus quer para a sua glória tudo aquilo que Ele quer»”, acrescentou.

Nascido na Alemanha, S. Alberto estudou em Pádua (Itália) e professou na ordem dos Dominicanos. Arcebispo de Ratisbona (Alemanha) entre 1260 e 1264, pediu ao Papa que o deixasse retomar a sua missão de ensino e estudo. Gozava de grande autoridade na Igreja e na sociedade do seu tempo quando morreu, em Colónia, no ano de 1280.

No final da audiência, Bento XVI dirigiu-se aos peregrinos de língua portuguesa: “Como penhor da graça salvadora que Ele nos mereceu com a sua Cruz, desça sobre vós e vossas famílias a minha Bênção. Vivei em paz e encorajai-vos mutuamente no caminho da santidade. E o Deus do amor e da paz estará convosco”.

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Agência ECCLESIA

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