«Os culpados por tais crimes são imediatamente suspensos do exercício das suas funções e tratados segundo a normativa civil e o Direito Canónico»
O Observador Permanente da Santa Sé na ONU, D. Silvano Tomasi, reconheceu que “nos últimos anos, em vários países, sacerdotes, religiosos e leigos católicos foram acusados de abusos contra menores e que muitos deles foram condenados”.
“Não há desculpas para esse comportamento”, afirmou o prelado, salientando que “a protecção contra as agressões sexuais permanece no primeiro lugar da lista das prioridades de todas as instituições eclesiásticas que lutam para pôr fim a esse sério problema”.
De acordo com a Rádio Vaticano, o arcebispo afirmou esta Quarta-feira que “o abuso sexual contra menores é sempre um crime odioso”.
No discurso pronunciado no âmbito da 13.ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos, o prelado recordou que Bento XVI proferiu uma “claríssima condenação da violência sexual contra as crianças e adolescentes”.
D. Silvano Tomasi admitiu que “a integridade física e psicológica dos menores é violada com consequências destrutivas” e que entre as crianças vítimas de abusos registam-se “maiores probabilidades de gravidez na adolescência, ociosidade, toxicomania e alcoolismo”.
“A comunidade católica continua os seus esforços para resolver definitivamente este problema”, indicou o prelado, assegurando que “os culpados por tais crimes são imediatamente suspensos do exercício das suas funções e tratados segundo a normativa civil e o Direito Canónico”.
O arcebispo informou a assembleia de que foram tomadas disposições legais para assegurar que as crianças e adolescentes, nas escolas e instituições, sejam salvaguardados através de medidas que dizem respeito ao reconhecimento e punição dos abusos.
Segundo D. Silvano Tomasi, a prevenção – que é “o melhor remédio” – traduz-se na “utilização de métodos eficazes para a selecção dos funcionários das escolas”, entre outras providências.
O prelado sugeriu ainda a aplicação de práticas que possam ajudar os menores a reconhecer e denunciar o comportamento incorrecto dos educadores.
Com Rádio Vaticano