Nagasaki lembrou vítimas da bomba atómica

Catedral de Urakami recebeu cerimónias do 60º aniversário do bombardeamento A Catedral de Urakami, na periferia de Nagasaki, recebeu hoje as cerimónias do 60º aniversário do bombardeamento atómico sobre a cidade japonesa. Uma missa especial foi celebrada no local, a 500 metros do centro da deflagração, que na altura era a maior Catedral da Ásia. Nem tudo, porém, foi destruído e a Catedral tem, desde hoje, uma capela construída especialmente para receber a chamada “Virgem bobardeada”. Trata-se da cabeça de uma imagem em madeira de Nossa Senhora que sobreviveu à explosão atómica, embora o efeito das radiações seja evidente. Nos dias 6 e 9 de Agosto de 1945, as cidades de Hiroshima e Nagasaki foram completamente devastadas em alguns segundos por bombas atómicas dos EUA. Ao cumprir-se o sexagésimo aniversário da queda das bombas, a Igreja Católica no Japão apelou ao país para aprender com as lições do passado e intensificar o compromisso com a reconciliação. Também os Bispos dos EUA assinalam este aniversário, numa carta em que apelam “à eliminação das armas nucleares e do terrorismo”. D. William S. Skylstad, presidente da Conferência Episcopal norte-americana, equipara as bombas de então ao terrorismo moderno, pois “nenhum dos dois faz distinção entre combatentes e não-combatentes”. Celebrações solenes decorreram ainda no parque da Paz de Nagasaki, de onde saiu um convite ao povo dos EUA para que se uma mais activamente à luta contra a proliferação nuclear.

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