Myanmar: Papa condena ataque contra escola

Francisco recorda vítimas da guerra e da violência, com referência à Ucrânia e aos Camarões

Foto: Vatican Media

Matera, Itália, 25 set 2022 (Ecclesia) – O Papa condenou hoje o ataque do exército de Myanmar contra uma escola do país, que provocou a morte a mais de uma dezena de crianças.

“Há mais de dois anos, esse nobre país está martirizado por graves confrontos armados e violências, que causaram muitas vítimas e deslocados. Esta semana, chegou-me o grito de dor pela morte de crianças numa escola bombardeada. Vê-se que hoje é moda, no mundo, bombardear escolas”, lamentou, no final da Missa a que presidiu na cidade de Matera, sul da Itália, que acolheu o 27.º Congresso Eucarístico Nacional do país.

“Que o grito destes pequenos não fique por ouvir! Estas tragédias não devem acontecer”, acrescentou.

Pelo menos 11 crianças morreram após um ataque aéreo que destruiu uma escola no norte de Myanmar, revelou na última terça-feira o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Os militares da junta governamental acusaram as milícias locais de usarem civis como escudos humanos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou “fortemente” o ataque, que deixou ainda dezenas de feridos e desaparecidos, entre eles várias crianças.

O Papa Francisco deixou ainda uma oração pelos “necessitados mais urgentes do mundo”.

“Que Maria, Rainha da Paz, conforte o povo ucraniano e ofereça aos líderes das Nações a força de vontade para encontrar imediatamente iniciativas eficazes que conduzam ao fim da guerra”, disse, numa intervenção saudada pela assembleia com uma salva de palmas.

A intervenção deu voz aos bispos de Camarões, que apelaram à libertação de oito pessoas sequestradas na Diocese de Mamfe, entre os quais cinco sacerdotes e uma religiosa.

“Rezo por eles e pelas populações da província eclesiástica de Bamenda: que o Senhor ofereça paz aos corações e à vida social daquele querido país”, disse o Papa.

OC

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