Myanmar: Cáritas Internacional lança campanha de solidariedade para vítimas do terramoto

Organização católica alerta para «rasto de devastação», com milhares de mortos e feridos

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 01 abr 2025 (Ecclesia) – A confederação internacional da Cáritas lançou uma campanha de solidariedade para as vítimas do sismo em Myanmar, alertando para um “rasto de devastação”, com milhares de mortos e feridos.

“Os edifícios desmoronaram-se, as estradas estão intransitáveis e as linhas de comunicação estão em baixo, tornando os esforços de salvamento perigosamente difíceis”, refere a ‘Caritas Internationalis’, em comunicado divulgado online.

O terramoto da última sexta-feira, com intensidade de 7,7 na escala de Richter, provocou mais de 2 mil mortes, cerca de 4 mil feridos e centenas de desaparecidos, além de elevados danos materiais.

A Cáritas admite que é “difícil obter dados exatos”, sublinhando que “nas zonas mais afetadas, as famílias estão desalojadas, sem comida, água ou cuidados médicos”.

“Os relatos do terreno indicam a necessidade urgente de medicamentos, abrigos de emergência e instalações sanitárias, uma vez que milhares de pessoas são forçadas a dormir nas ruas, expostas e vulneráveis”, adverte a organização católica.

A ‘Caritas Internationalis’, através do seu membro nacional ‘Karuna Mission Social Solidarity’ (KMSS) e dos gabinetes diocesanos, mobilizou rapidamente equipas de emergência para Mandalay, uma das zonas mais afetadas.

“A Cáritas, através do KMSS, está presente há muito tempo em Myanmar e estamos decididos a apoiar as pessoas afetadas nos seus momentos de necessidade. Juntamente com a nossa confederação global, estamos a mobilizar recursos para prestar ajuda humanitária urgente e ajudar a reconstruir as vidas destruídas por esta tragédia”, afirmou Christian Modino Hok, diretor humanitário do organismo internacional.

A página da Cáritas Internacional deixa um apelo à solidariedade e à recolha de donativos: “Myanmar precisa da sua ajuda. Cada momento conta. Junte-se a nós e ajude a salvar vidas de pessoas desesperadamente necessitadas”.

Em declarações ao portal de notícias do Vaticano, o arcebispo de Rangum e presidente da Conferência Episcopal de Myanmar, cardeal Charles Maung Bo, pediu “apoio humanitário urgente”, com “acesso sem restrições às populações afetadas e um cessar-fogo por todos os grupos hostis”.

O responsável católico admite que a distribuição de ajuda, devido à violência, “pode ser dificultada pela agitação de grupos armados”.

OC

 

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