Música: Religiosa italiana vence programa de talentos e termina concurso a rezar o Pai-nosso

Atuações da irmã Cristina Scuccia foram vistas por milhões de pessoas na internet

Lisboa, 06 jun 2014 (Ecclesia) – A religiosa italiana Cristina Scuccia, de 25 anos, venceu esta quinta-feira a versão transalpina do ‘The Voice’, concurso de talentos transmitido pela televisão pública.

Antes de cantar pela última vez, naquela que foi a música final da 2.ª edição do programa, a irmã Cristina convidou o auditório a rezar o Pai-nosso, noticia o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

Apresentando-se sempre com hábito monacal, e acompanhada por religiosas da comunidade e familiares, Cristina Scuccia, irmã ursulina da Sagrada Família, estreou-se no programa a 19 de março com a música ‘No one’, originalmente cantada por Alicia Keys.

O vídeo com esta versão, durante a prova cega feita pelos jurados, tem já mais de 50 milhões de visualizações.

A vencedora, com 62% dos votos, foi apurada após recurso exclusivo ao televoto.

Questionada pelos jornalistas antes da final, a irmã Cristina referiu-se à sua participação no concurso: “Foi uma experiência belíssima, que me deixou uma grande riqueza, quer humana, quer artística, por ter encontrado os outros concorrentes e o mentor”, o rapper ‘J-Ax’.

A jovem descobriu a sua vocação religiosa em 2008, ao participar num musical em que interpretava o papel da fundadora das Ursulinas da Sagrada Família, a irmã Rosa Rocuzzo.

Em 2010 decidiu entrar na congregação e fazer o noviciado no Brasil, onde usou o talento musical para superar a barreira linguística.

A irmã Cristina Scuccia venceu em 2003 o 'Good News Festival', concurso musical de inspiração cristã que nasceu no contexto da Pastoral Juvenil do Vicariato de Roma (vídeo).

Nesse mesmo ano, em entrevista à Televisão da Conferência Episcopal Italiana, falou do seu sonho de ser cantora, após ter-se afastado da Igreja na adolescência, que se transformou numa vocação religiosa após o musical 'A coragem de amar', dedicado ao nascimento das Ursulinas da Sagrada Família, no centenário da sua fundação.

A congregação fundada por Rosa Rocuzzo é um dos ramos da família espiritual de Santa Ângela Merici, que no século XVI iniciou o trabalho das irmãs ursulinas na Itália.

“A mulher, na época, não tinha nenhuma liberdade de opção quanto ao próprio futuro”, refere o site da Ordem de Santa Úrsula no Brasil, frisando que Santa Ângela, “movida pelo Espírito Santo e confiante na capacidade da mulher, institui outro estado de vida”.

“Ela aponta um terceiro caminho: o das mulheres vivendo no mundo como consagradas a Deus. O facto de escolher livremente esse estado de vida constituía um grande passo rumo à promoção da mulher”, referem as religiosas.

SNPC/OC

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Agência ECCLESIA

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