Peça de João Madureira junta-se a peças significativas do Barroco dos séculos XVII e XVIII
O programa da sexta edição do Festival Terras Sem Sombra vai prosseguir neste Sábado, em Beja, com um concerto que estreará a peça “Incipit”, do compositor português contemporâneo João Madureira.
A ideia de compor a obra para flauta de bisel, violoncelo e cravo “surgiu de uma conversa a propósito da consideração da música como texto: música enquanto texto, com as suas afirmações, excepções, estrutura, ornamentação, comentário”, diz o autor.
A composição, cujo título se pode traduzir por ‘Princípio’, tem como mote um fragmento do poema ‘O Nome das Coisas’, de Sophia de Mello Breyner Andresen, que nos seus versos se refere a um “primordial projecto” que resulta do “sussurro” do divino no universo.
A obra, que surge no seguimento de uma encomenda feita pelo Festival Terras Sem Sombra, vai juntar-se a peças de Giovanni Battista Fontana, Francesco Rognoni, António Carreira, Giovanni Battista Bovicelli, François Couperin, Georg Philipp Telemann e Antonio Vivaldi.
Este diálogo entre épocas e culturas, que tem sido uma das características do festival organizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, será interpretado pelo ‘consort’ Concerto Campestre.
O espectáculo, intitulado “Um Discurso sem Palavras: Retórica na Música Instrumental Europeia dos Séculos XVII e XVIII”, vai realizar-se na igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, às 21h30, com entrada livre.
Com Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja