E dição dedicada à memória de D. Frei Manuel do Cenáculo, primeiro bispo da diocese e «figura marcante» da Igreja Católica e da cultura portuguesa
Beja, 18 mar 2014 (Ecclesia) – A 10.ª edição do festival internacional de música sacra ‘Terras Sem Sombra’, em Beja, vai ser especialmente dedicada à memória do primeiro bispo da diocese, D. Frei Manuel do Cenáculo, por ocasião do bicentenário da sua morte.
Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja, entidade organizadora do certame, recorda o prelado enquanto “figura marcante” da Igreja Católica e da cultura portuguesa.
Segundo o organismo, que assinala 30 anos de atividade, o festival terá como tema ‘Metáforas do Infinito – A Espiritualidade nas Polifonias dos Séculos XI-XX’ e vai arrancar no próximo dia 29, com um concerto na igreja de Santo Ildefonso, em Almodôvar.
A partir das 21h30, a inauguração do ‘Terras Sem Sombra’ vai estar a cargo da soprano Raquel Alão e do barítono Luís Rodrigues, acompanhados pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos e pelos pianistas João Paulo Santos e Kodo Yamagoshi.
Sob a direção do maestro italiano Giovanni Andreoli, os artistas vão interpretar a peça ‘Ein Deutsches Requiem’, Um Requiem Alemão, do compositor Johannes Brahms (1833-1897).
O programa do festival vai decorrer até 5 de julho e passar ainda pelas regiões de Grândola, Santiago do Cacém, Beja, Castro Verde, Sines e Moura, com mais seis concertos com entrada livre.
Como habitualmente, a iniciativa da Diocese de Beja, que junta artistas nacionais e internacionais, pretende potenciar a parte musical para dar também a conhecer o património religioso, cultural e natural do Baixo Alentejo.
Além de abrir as portas das igrejas locais, para a realização dos concertos, dinamizando assim aqueles monumentos, o DPHA vai continuar a apostar em ações destinadas à preservação da biodiversidade e dos tesouros ambientais locais, através de uma parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.
[[v,d,4137,Programa 70×7 de dia 25-08-2013]]Estes eventos, que têm mobilizado não só o público nacional e estrangeiro mas também os próprios músicos, normalmente no dia a seguir aos concertos, contam ainda com a colaboração das autarquias, empresas e instituições do ensino superior locais.
A organização do festival chama a atenção para a importância de contribuir para a conservação da riqueza material e cultural do território alentejano, onde “muitas igrejas” são autênticos “santuários da vida selvagem”.
Nos campos do desenvolvimento económico e do turismo, outras duas grandes prioridades do certame, a ideia é reforçar a importância de rotas como o Caminho de Santiago, que leva todos os anos centenas de peregrinos a passarem pelo território, e a valorização dos produtos regionais, este ano com o mel alentejano como figura de cartaz.
Coordenado por José António Falcão, diretor do DPHA, e com condução artística do maestro Paolo Pinamonti, o festival Terras Sem Sombra conta mais uma vez com o patrocínio do presidente da República portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
JCP