Sacerdote vai participar nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social com mensagem em vídeo sobre estratégias comunicativas, presença nas redes sociais e investimento em conteúdos de qualidade

Lisboa, 24 set 2025 (Ecclesia) – O padre e DJ Guilherme Peixoto destaca a aceitação que as atuações de música eletrónica, que realiza em Portugal e no estrangeiro, têm junto daqueles que não frequentam a Igreja, que são quem contribui para a realização dos espetáculos.
“Este é um projeto financiado por aqueles que não querem saber da Igreja. Este projeto de evangelização, o financiamento dele vem de festivais, vem de clubes, vem, precisamente, de muitos ambientes que nós dizemos que são ambientes que não querem saber da Igreja”, afirmou o sacerdote, em declarações à Agência ECCLESIA.
O DJ padre Guilherme Peixoto vai partilhar nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social, que decorrem no Seminário de Coimbra, esta quinta e sexta-feira, estratégias de comunicação, a forma como está presente nas redes sociais e o investimento em conteúdos de qualidade, através de uma mensagem em vídeo.
Nos concertos, o sacerdote explica que a primeira comunicação vai para aqueles que assistem, salientando a importância da imagem: “A parte visual também é muito importante na música”.
Para a realização dos espetáculos, o DJ padre Guilherme trabalha com várias equipas, entre elas a de produção de conteúdos, outra responsável pela criação de visuais e ainda uma dedicada à fotografia e vídeo, que permitem que o que acontece em palco tenha reflexo nas redes sociais.
“Já sabem, precisamente, aquilo que se pretende transmitir com cada uma das músicas e que conteúdos visuais são aqueles que me interessa também que cheguem e que aqueles que nunca foram ao espetáculo, através das redes sociais, fiquem com uma ideia”, indicou.
O padre Guilherme Peixoto, que anuncia o Evangelho através da música eletrónica, conta com milhões de seguidores nas redes sociais, a partir das quais contacta com o público através de mensagens que são respondidas com a ajuda de um membro da equipa.
“Claro que nós precisamos de relações reais, e não há nada como um concerto e estar com as pessoas e conversar com elas no fim, mas esta é uma rede muito importante e que nós podemos potenciar ou ignorar”, realça.
O sacerdote da Arquidiocese de Braga fala que todos os detalhes contam, nomeadamente a forma como as legendas são escritas, tendo em conta o algoritmo, para que o trabalho “chegue o mais longe possível e toque os corações”.
“E seja um trabalho de evangelização que não fica ali na rede social como um arquivo, mas haja interação naturalmente com as pessoas”, desenvolveu.
“Olho para a comunicação neste projeto desta forma, desde os flyers que são feitos, desde a imagem que aparece no ecrã no palco, desde a pessoa que gera tudo isto, que gera a comunicação”, sublinhou o sacerdote e DJ.
A intervenção do padre Guilherme nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social vai integrar a mesa-redonda com o tema ‘Ser, parecer ou aparecer: fronteiras na comunicação’.
O painel que compõe este momento inclui o padre Manuel Vieira, do Departamento de Comunicação Social da Arquidiocese de Évora; Rita Carvalho, do Gabinete de Comunicação da Companhia de Jesus; Paulo Aido, do Departamento de Comunicação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre; e Francisco de Mendia, da Agência de Comunicação H/Advisors CV&A.
As Jornadas Nacionais de Comunicação Social partem das intervenções do Papa Leão XIV e da última mensagem do Papa Francisco, para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, abordando os desafios do digital e o valor do humano, na área dos media.
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