Aproveitamento de recursos para melhorar os serviços Num Baixo Alentejo “pouco povoado” e com uma “área gigantesca”, o Departamento do Património Histórico e Artístico da diocese de Beja criou uma rede diocesana de museus de Beja. Apesar da independência dos museus estão “integrados numa rede” que garante “serviços comuns” – disse à Agência ECCLESIA José António Falcão, director do referido departamento. E exemplifica: “apoio técnico no campo da museografia, museologia, conservação e restauro”. As actividades são planeadas de acordo com a realidade diocesana e o seu “plano pastoral”. Com três núcleos museológicos abertos – Museu de Arte Sacra de Santiago do Cacém, Tesouro da Igreja de S. Vicente de Cuba e o Tesouro da Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição de Castro Verde – para os próximos tempos, até ao final deste ano, “iremos abrir mais três núcleos: na Igreja de S. Pedro, em Moura; Tesouro da Igreja de Nossa Senhora das Salas e a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Beja”. O Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja nasceu há 20 anos mas Beja tem uma tradição “interessante” porque foi das “primeiras terras, do nosso país, a ter um museu de arte sacra”. Fundado em 1892, o Museu Episcopal de Beja teve, como o museu de Coimbra, na altura da República, o mesmo fim: “o Estado nacionalizou todos os bens pertencentes à Igreja e transformou o Museu episcopal num museu público” – sublinhou José António Falcão. Ao fazer uma avaliação destes 20 anos, o director do Departamento disse que a tarefa inicial passou pela “inventariação”. Orientações de D. Manuel Falcão, bispo emérito de Beja, que fundo o Departamento do património Histórico e Artístico da diocese de Beja. Depois da fase primária “apostámos no trabalho da conservação e restauro – Igrejas históricas e o respectivo acervo – e nas actividades de sensibilização e formação” – disse. A criação de percursos e rotas culturais e o trabalho de divulgação – publicações e exposições – são também apostas deste departamento.