Museu Pio XII expõe fotos e pintura sobre a Semana Santa e a Páscoa

O Museu Pio XII prepara- se para inaugurar duas exposições, uma de fotografia e outra de pintura, alusivas à Semana Santa e à Páscoa. A primeira, de fotografia, intitula-se “Ecce Homo” e reúne um conjunto de 24 fotografias dos fotógrafos bracarenses Hugo Delgado, Rodrigo Lima e Silvino Rodrigues. As fotos versam a Semana Santa e a Páscoa na Arquidiocese de Braga. A inauguração desta exposição está marcada para as 18h00 do dia 23 de Março, sexta-feira. A mostra, inaugurada pelo Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, vai estar patente ao público no Claustro do Seminário de Santiago até ao domingo de Pentecostes. Quanto à exposição de pintura, reúne 31 obras do pintor e médico portuense Levi Guerra. Tem a inauguração marcada para o dia 29 de Março, às 18h00. Intitula-se “Rumo ao Terceiro Dia” e estará também patente ao público até ao Domingo de Pentecostes, no Salão Nobre do Museu Pio XII. «A alma do artista está ali toda…» Referindo-se à exposição de pintura, o director do Museu Pio XII, José Paulo Abreu sublinha que «a primeira impressão – que de impressionismo também se trata – quando se visita o atelier do Prof. Doutor Levi Guerra é a de espanto. As cores são vivas, ainda que não agressivas, porque harmonicamente combinadas. Os traços são singulares, urdidos numa conseguida mistura de figurado e desfigurado. A alma do artista, essa sim, está ali toda, com força, com sentimento, com humanismo, com vibração. E essa alma toda, que na tela se espelha, provoca e convoca, como se os sentimentos, envoltos em dramaticidade e/ou lirismo, fossem capazes de suscitar uma envolvente afinidade. As técnicas usadas são várias. Mas cada quadro convida à paragem, ao silêncio, à contemplação. E à busca de um “sentido outro”, que está para além do que se vê, que se vê para além do que se vê. A exposição a que este catálogo se reporta: “Rumo ao Terceiro Dia”, é bem um passaporte para esse “lado outro”, viagem iniciada na dor, chorada, crucificada, martirizada, imolada, mas semente e penhor de vida, porque assumida por amor, vivida com amor, aceite como preço pela vitória definitiva do amor. Conhecedor dos dramas humanos, por formação e profissão, o Doutor Levi Guerra, por um lado, retrata a face negra da vida humana; por outro, qual verdadeiro humanista e crente, consegue descobrir, entre penumbras, os atalhos que conduzem ao “terceiro dia”, à vida, à ressurreição. Cada quadro exposto é, assim, um canto ao homem e à vida, à dor e à libertação, à cruz e ao túmulo vazio, à morte e à glória; é um arco-íris de sentimentos humanos; é um hino de fé Àquele que monta a tenda no descampado da humanidade, partilhando-lhe as angústias, mas conduzindo-a à “terra da promessa”».

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