Museu de Arte Sacra da Guarda prepara-se para abrir ao público

As obras de recuperação e adaptação da capela do antigo Paço Episcopal para o Museu de Arte Sacra da Diocese da Guarda estão concluídas e os espaço aguarda a definição de uma data para a sua abertura ao público, para dar a conhecer o vasto espólio espalhado um pouco por toda a Diocese. “A Igreja da Diocese da Guarda pretende aproveitar o espaço de Museu para mostrar o mistério de Deus, pois através das imagens, dos símbolos ou das coisas reservadas à liturgia, dá aos homens o sentido sobrenatural, fundado em Jesus Cristo”, explica Cunha Sério ao semanário “A Guarda”. Para o Presidente da Comissão Diocesana de Arte Sacra ainda pouco ou nada está definido quanto à maneira como irá funcionar o Museu, cabendo a decisão final ao Bispo da Diocese. Consciente da importância de um equipamento desta natureza, Cunha Sério lembra que “todos sabemos que no mundo ocidental, a arte sacra apanha a maior parte do património e do espólio de quanto nos legaram de beleza as gerações passadas”. O futuro Museu de Arte sacra deverá mostrar “grande parte das coisas que actualmente se encontram arrumadas em sacristias, muitas vezes desprezadas, mas que são autênticas jóias”. A assinatura de protocolos com as paróquias, tendo em vista a cedência temporária de imagens e objectos para o Museu será uma das tarefas a realizar nos próximos tempos. “As imagens vão continuar a pertencer às paróquias mas poderão ser expostas e guardadas no Museu”, explica Cunha Sério. O Museu de Arte Sacra vai dispor de espaço para exposições permanentes e temporárias, gabinetes de apoio e também salas que poderão servir de escola-oficina. No passado mês de Novembro, em declarações à Agência ECCLESIA o Cón. Eugénio Sério referia que “a realidade não corresponde ao desejo. As obras atrasaram-se devido às escavações”. Este espaço museológico – com três pisos e uma cave (servirá de depósito de acervo) – servirá como “elemento evangelizador”. Em relação à inventariação dos bens existentes nas paróquias, o Cón. Eugénio Sério adiantou que os padres da Guarda estão sensibilizados para a questão e já foram enviadas algumas circulares explicando tudo o que se pretende. “Não se fez tudo devido à indisponibilidade de tempo dos sacerdotes” porque a diocese tem sofrido uma “diminuição do clero”. A diocese Guarda é “bastante rica” em arte sacra. Tem imagens muito antigas e algumas fora do culto. Com mais de trezentas Igrejas e muitas capelas (há paróquias que têm vinte capelas) este território eclesial já fez algumas exposições temporárias – Crucifixos, Ex-votos, Nossa Senhora – no Museu da Guarda.

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