Mundial 2014: Querer da seleção portuguesa tem de «ser maior»

Capitão da equipa nacional do clero de futsal antecipa participação lusa no Brasil

Lisboa, 03 jun 2014 (Ecclesia) – O capitão da seleção nacional do clero de futsal acredita que Portugal tem todas as condições para fazer um bom mundial de futebol, no Brasil, se conseguir acrescentar ao talento individual um forte espírito competitivo e de equipa.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o padre Marco Gil sublinha que contra a Alemanha, o Gana e os Estados Unidos não poderá haver lugar para “relaxamentos” e a força de vontade será determinante para uma passagem à segunda fase.

“Temos uma boa seleção, jogadores fabulosos” mas o sucesso da nossa participação vai ser ditado “pelo querer”,que tem de “ser maior” do que o dos outros, é isto que “o selecionador nacional tem de incutir” no grupo, aponta o sacerdote.

Integrado na seleção nacional do clero de futsal há cerca de sete anos, o padre Marco Gil conta no seu currículo com um título europeu, conquistado em 2012 na Hungria.

Para o pároco de S. Mamede de Arcozelo, em Barcelos, na Arquidiocese de Braga, o sucesso no futebol, tal como a vida, depende muito da “autodisciplina” e de cada um saber o “espaço” que deve ocupar, ou seja, o que “quer e tem de fazer”.

Quando há “entreajuda” e o “esforço” é repartido entre todos, como numa família, é possível ultrapassar todos os contratempos.

E com a seleção nacional será igual – desde que todos deem “o seu máximo e o seu melhor” ao serviço desta equipa “que somos nós”, sustenta.

Numa parte desta entrevista, que poderá ser acompanhada esta noite a partir das 22h45, no Programa ECCLESIA na Antena 1, o padre Marco Gil aborda também a polémica que tem marcado o mundial do Brasil, considerado o mais caro de sempre.

Na construção ou remodelação dos estádios que vão acolher a competição, o Governo canarinho já investiu perto de 3 mil milhões de euros, mais do que gastaram a Alemanha e a África do Sul juntas, em 2006 e 2010 respetivamente.

Esta situação gerou um pouco por todo o país forte contestação popular, uma vez que as pessoas consideram que essa verba poderia ter sido canalizada para áreas mais prioritárias, como a Saúde ou a Educação.

“Não podemos tapar o sol com uma peneira, todos nós sabemos que o Brasil tem muitas dificuldades, há muitos desalojados, há muita gente pobre, e a gente pensa sempre, em todo este dinheiro, o que é que daria para fazer?”, reconhece o padre Marco Gil.

Para o sacerdote, “as pessoas que estão à frente do futebol poderiam pensar ou ter uma certa sensibilização para muitos dos problemas emergentes que acontecem”.

“Às vezes dá-se tanto dinheiro a uma equipa que ganha. Porque não tirar alguma percentagem e, onde esses eventos são realizados, ajudar algumas instituições?”, exemplifica.

Ao longo desta semana, o programa ECCLESIA (Antena 1, 22h45) vai ser dedicado ao desporto-rei, na antecâmara para o Mundial no Brasil que começa dia 12 de junho, e apresentar testemunhos que juntam “fé e futebol”.

SN/JCP

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