Conferência de Religiosos aproveita visibilidade internacional para apela à ação contra este crime
Brasílica, 11 jun 2014 (Ecclesia) – A Conferência dos Religiosos do Brasil, da Igreja Católica, promove hoje na capital do país uma marcha em memória das vítimas do tráfico de seres humanos.
Na véspera do início do Campeonato do Mundo de Futebol, os religiosos associam-se a instituições, movimentos e serviços pastorais da Igreja que aproveitam a visibilidade internacional trazida pela competição para chamar a atenção para as consequências deste crime.
A iniciativa ‘Jogue a favor da vida. Denuncie o tráfico de pessoas’, promovida através da rede ‘Um grito pela vida’, tem hoje a colaboração da Arquidiocese de Brasília e do Secretariado de Segurança Pública do Distrito Federal.
Para a presidente nacional da Conferência dos Religiosos, irmã Maria Inês Ribeiro, a manifestação quer ser um incentivo para que todos reflitam sobre o tema.
“Devemos usar o apito, envolver todos os religiosos do Brasil, em todas as cidades sedes da Copa do Mundo, para fazer este trabalho de sensibilização e para denunciar este crime”, declarou à Rádio Vaticano.
Esta é uma campanha que conta com o apoio da Santa Sé e foi apresentada no Vaticano a 20 de maio, usando as redes sociais (www.facebook.com/jogueafavordavida) para informar e sensibilizar a população sobre os riscos e para possibilitar a denúncia de casos de tráfico.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está a divulgar um desdobrável intitulado ‘Copa do Mundo Dignidade e Paz’, com apelos contra a exploração sexual durante o próximo mundial de futebol, no país.
Segundo os prelados, o êxito do Campeonato do Mundo de Futebol, que contará com a presença da seleção de Portugal, deve medir-se pela “garantia de segurança para todos sem o uso da violência, no respeito ao direito às pacíficas manifestações de rua, na criação de mecanismos que impeçam o trabalho escravo, o tráfico humano e a exploração sexual”.
A CNBB e a Conferência Episcopal da Alemanha promovem outra iniciativa, a a campanha ‘Steilpass’, que tem como objetivo um “jogo limpo para uma sociedade mais justa e igualitária”.
Na quinta-feira, em concomitância com o início do torneio, os organizadores da campanha –vão entregar ao governo brasileiro as ‘Dez regras para um jogo limpo e justiça para todos’, que vão da necessidade de criar emprego à garantia de instrução, da justiça à luta contra a corrupção.
Já a Arquidiocese do Rio de Janeiro promove desde 19 de maio a campanha “A Copa da paz”, que se iniciou com um encontro inter-religioso no Estádio do Maracanã.
A Campanha faz parte do Projeto ‘100 dias de Paz’, pelo qual a Pastoral do Desporto procura “uma grande mobilização de toda sociedade” para o tema social do Campeonato do Mundo, ‘Por um mundo sem armas, drogas, violência e racismo’, e a Campanha da Fraternidade 2014 (Igreja Católica), ‘Fraternidade e Tráfico Humano’.
OC