Fernando Cassola Marques
No próximo dia 15 a igreja assinala o Dia Mundial do Migrante e Refugiado. Este ano, sob o lema "Migrantes de menor idade, vulneráveis e sem voz", o Papa Francisco na sua mensagem para esta ocasião sente “o dever de chamar a atenção para a realidade dos migrantes de menor idade, especialmente os deixados sozinhos”. Pede ainda a “todos para cuidarem das crianças que são três vezes mais vulneráveis – porque de menor idade, porque estrangeiras e porque indefesas – quando, por vários motivos, são forçadas a viver longe da sua terra natal e separadas do carinho familiar.”
Assim, esta semana, a minha proposta passa, mais uma vez, pela sugestão de visita atenta e cuidada ao sítio da PAR – Plataforma de Apoio aos Refugiados.
Ao digitarmos o endereço www.refugiados.pt encontramos um espaço digital muito bem produzido, quer ao nível gráfico bem como ao nível dos conteúdos apresentados. Na página inicial dispomos dos principais destaques, de alguns vídeos com testemunhos de várias personalidades que apoiam este projeto e ainda ligações para as principais redes sociais (twitter, facebook e instagram).
Ao clicarmos em “sobre”, podemos ficar a saber quem são os membros fundadores, os membros aderentes, quais as entidades que apoiam este projeto e ainda submeter um formulário de inscrição de novos membros. É ainda possível perceber que resumidamente se pode afirmar que a “missão das organizações da sociedade civil reunidas nesta plataforma assumem a promoção de uma cultura de acolhimento, de apoio aos refugiados, quer na sociedade portuguesa, quer nos países de origem e de trânsito”.
Caso ainda não tenha percebido exatamente qual o verdadeiro problema desta crise que assola a Síria e restantes países islâmicos basta que aceda a “crise de refugiados”. Aí rapidamente encontrará um conjunto de vídeos com testemunhos e infográficos explicativos que irão ajudar imenso nesta compreensão e/ou aprofundamento.
Em “como ajudar” descobre que existem formas bastante concretas de colaborar efetivamente com este projeto. Seja através da PAR – Famílias, onde o que se pretende é que exista um “acolhimento e integração de crianças refugiadas e suas famílias em Portugal, em contexto comunitário, disperso pelo país”. Ou pelo PAR – Linha da frente, que atualmente se encontra ativa em duas frentes. Esta ação passa pela promoção de uma “campanha de recolha de fundos, com o apoio dos média, para o trabalho da Cáritas e do JRS, no Líbano e na Grécia (Grécia e ilha de Lesbos), no apoio a refugiados e deslocados internos”. E temos ainda uma forma de colaborar com a UNICEF, enviando um donativo para esta organização mundial que o reencaminhará para apoiar as crianças Sírias.
Muito haveria para dizer sobre toda esta extraordinária plataforma. Penso que o melhor será mesmo aderir quanto antes e divulgar pelo maior número de pessoas, porque “vemos, ouvimos e lemos” e portanto “não podemos ignorar”.
Fernando Cassola Marques