Multidão na missa do Terreiro do Paço ajudou a fortalecer a fé

«Portugal, quer se queira ou não, é um país católico»

“É maravilhoso o que sentimos ao sentirmos esta multidão que acredita no mesmo. Somos muitos e somos uma Igreja muito unida”, salientou Ana Nunes no fim da missa no Terreiro do Paço, em Lisboa, que reuniu, segundo a Polícia, entre 80 a 100 mil pessoas.

A jovem de Arruda dos Vinhos sublinhou a sintonia na assembleia, mesmo entre fiéis de outras religiões: “Foi notável o silêncio que se fez e quando nos rimos ou cantámos viu-se que estávamos todos para o mesmo”.

“É muito boa a sensação de partilhar a fé com toda a gente”, concorda Joaquina Figueira, de 66 anos, que valorizou a “mensagem de alegria que Bento XVI deixou”, porque “numa fase em que estamos tão pessimistas, é importante ter este testemunho”.

“Portugal, quer se queira ou não, é um país católico”, declarou Gonçalo Dias da Silva, de 32 anos, que após a celebração ficou ainda mais convencido de que “Cristo gosta muito de nós e dá-nos um Santo Padre que indica o caminho que devemos seguir”.

Francisca Ferro, de 66 anos, estava convicta de que “qualquer pessoa que viesse sem fé sairia daqui com ela”, tendo ainda salientado a presença de muitas crianças e jovens e o “envolvimento” da missa. E garantiu: “É uma recordação que nunca mais esquecerei”.

Quem não se deixou envolver foi Alberto Rodrigues, de 58 anos: “Vim como observador do fenómeno de massas. A crise que atravessa Portugal e a Europa estimula a adesão a actividades mais espirituais”, explicou.

No fim da celebração, reconheceu que “por muitas críticas que façamos à religião católica – a que eu não pertenço – penso que a presença de Bento XVI dá uma grande ajuda porque tem um efeito pacificador”.

“Já estive em contacto com outros tipos de religiões e realmente há uma diferença grande”, considerou Alberto Rodrigues.

Claudinei Silva, 33 anos, destacou a frontalidade de Bento XVI: “Com todos os problemas que está a enfrentar actualmente [pedofilia], o Papa teve a coragem de nos mostrar que isso foi apenas uma queda de alguns padres mas que a Igreja ainda é uma rocha firme”.

Ana Nunes preparava-se para se dirigir à Nunciatura, onde os jovens se haveriam de reunir para dar as “boas noites ao Papa”, mas ainda teve tempo para uma confissão e uma promessa.

“Tinha um grande carinho por João Paulo II e sempre o segui – afirmou. Acho que vou continuar a seguir Bento XVI porque é bom acreditar que eles foram escolhidos e que são Pedro.”

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