Pode dizer-se que Portugal está mobilizado para o referendo ao aborto, a ter lugar no dia 11 de Fevereiro. De Norte a Sul, Ilhas incluídas, os portugueses querem partilhar as suas convicções. Nos Açores, um grupo de cidadãos está mobilizado no esclarecimento da população com vista so voto no “Não” no próximo referendo. “Açores pela vida” é o nome do movimento cívico com ligações estreitas à plataforma nacional “Não, obrigada”. Com sede em São Miguel, mas com núcleos em praticamente todas as ilhas do arquipélago, este movimento surge como um acto de cidadania voluntária, activa e esclarecida a favor da defesa da vida, como se pode ler no sítio na Internet que apresentam. O movimento é constituído por pessoas de sectores sócio profissionais transversais a toda a sociedade congregando, médicos, juristas, advogados, economistas, professores, jornalistas e agentes culturais, com várias sensibilidades políticas e religiosas, unidos num só pressuposto: o da defesa da vida e o «Não» ao aborto voluntário e generalizado. Para isso apostam numa mensagem clara, positiva, despartidarizada e fora do contexto confessional, defendendo a vida, contribuindo para uma sociedade mais justa que tenha como primado a defesa da vida e impedindo que o Estado aplique o dinheiro dos impostos no financiamento do aborto, assim esclarecem. A acção do movimento será apresentado publicamente no próximo dia 8 de Janeiro. As suas acções estão pautadas pelo contacto directo com as pessoas, com especial incidência nas escolas, mas pretendem ir ao encontro da população em geral através de variadas acções de esclarecimento. Mais a Norte, no Porto, a organização “Por.Ti”, da responsabilidade da Associação de Mulheres em Acção, está também empenhada no «Não» ao aborto. Para isso querem esclarecer que “a vida humana, mesmo até às dez primeiras semanas de gravidez, tem valor em si própria e deve ser legalmente protegida”, pode ler-se no sítio na Internet, porque afirma que “a liberalização do aborto tem duas vítimas: o não nascido e a mulher-mãe”. Este movimento afirma que a liberalização do aborto não é solução de nenhum problema, sendo multiplicador do número de abortos legais e não resolve o problema do aborto clandestino. A solução afirmam estar “na adopção de políticas de protecção à mulher grávida e de apoio à maternidade”. Na página de Internet pode ver-se uma agenda apertada de acções junto de jovens universitários e adultos, percorrendo vários pontos do país para falar sobre as questões da vida contando com testemunhos de quem diariamente trabalha no apoio à maternidade. Para mais informações consultar: www.acorespelavida.org www.portinaoaborto.com