«Misericordiosos como o Pai» foi o lema que congregou mais de 700 pessoas desde a Nazaré
Nazaré, Leiria, 26 abr 2016 (Ecclesia) – A Peregrinação a Fátima da família de Schoenstatt, o seu “grande encontro anual”, foi segundo o diretor nacional do movimento apostólico “um fortalecimento da fé e uma evangelização”, ao longo de três dias.
“Nas peregrinações sempre acontece muita coisa no interior, quem caminha transforma-se e, portanto, é uma missão nessa perspetiva da conversão interior, do fortalecimento da fé”, disse o padre José Melo à Agência ECCLESIA.
O diretor nacional do Movimento de Schoenstatt destaca também que à peregrinação, como “ponto alto” do ano pastoral, está associado o “fortalecimento da comunidade” como momento “de encontro, de partilha, de laços”.
‘Misericordiosos como o Pai’ foi o lema da 16.ª edição, “numa perspetiva de dar seguimento e continuidade aquilo que é este convite que o Papa faz”, explicou Diogo Souto Cardoso, do casal coordenador da peregrinação.
A iniciativa não é exclusiva aos membros de Schoenstatt que convidam outras pessoas a fazerem a experiência de peregrinação, como Martim Cunha Ferreira.
“É difícil no nosso dia-a-dia mantermos esta relação com Deus, com Nossa Senhora, de oração, de podermos parar, olharmos para as coisas que são essenciais. Podermos pensar na misericórdia, termos relação com estes pais e esta mãe que são do céu mas nunca temos muito tempo para estar com eles”, explica o arquiteto, que aceitou o desafio da esposa.
Para Martim Cunha Ferreira, a peregrinação tornou-se uma oportunidade de “poder parar”, de “reatar” ligações, e comentou que a preparação foi “mesmo a expetativa” porque no “corre, corre” a mala foi feita no último dia.
O padre José Melo contextualiza que são cerca de 40% as pessoas que todos os anos “encontram um espaço de enriquecimento, de renovação, de fortalecimento para todo o ano” na peregrinação da Família de Schoenstatt.
Bernardo Rocha e Melo peregrinou pela sexta vez e, das diversas participações, recorda uma edição em que com outros elementos ficaram a conversar com uma senhora que contou a vida toda – “como muitas pessoas que estão sozinhas fazem”.
“Ficamos para último mas foi muito bom e eu acho que é o que estas pessoas também fazem muitas vezes que é ir ao encontro nestas povoações de algumas pessoas. Levamos esta senhora no coração e entregamos a Nossa Senhora quando chegamos a Fátima”, revelou o jovem universitário, que caminhou com a família.
Se João Félix considera que a peregrinação “é mais um passo no crescimento espiritual e no crescimento em direção a Deus”, a esposa, Sandra, destaca “a experiência única e irrepetível fantástica” de caminho e encontro.
A 16.ª Peregrinação a Fátima da família de Schoenstatt terminou com a Missa e a oração final na Capelinha das Aparições, esta segunda-feira, onde os peregrinos tiveram a companhia de outros membros que não caminharam e foram desafiados pelas Obras de Misericórdia.
“Os peregrinos vão tirar uma e é essa que são desafiados a trabalhar e cultivar durante o próximo ano”, revelou Rosário Souto Cardoso, do casal coordenador.
CB/OC