A Câmara Municipal de Amares já tem uma solução para o Mosteiro de Rendufe caso a Universidade do Minho rejeite uma parceria para a gestão do imóvel. O presidente da autarquia reuniu-se com responsáveis da academia minhota há cerca de duas semanas e aguarda uma resposta da reitoria, que pediu algum tempo para tomar uma decisão. «Se verificarmos que não há interesse por parte da Universidade do Minho na ocupação do espaço, o edifício poderá muito bem ser utilizado para fins culturais », adiantou ao Diário do Minho José Barbosa. No entanto, a Câmara de Amares preferia ver aquele património ao serviço da educação e nas mãos da Universidade do Minho (UM). A ideia – reafirmou o autarca – é converter o imóvel, por intermédio do IPPAR, num pólo universitário, com possibilidade de alojamento para professores convidados. Mas, se o caminho não for esse, o edifício será adaptado para desenvolver actividades culturais, admitindo a autarquia a instalação de uma casa da cultura ou de um museu, visto não existir no concelho nenhum espaço do género. «Antes de conceber o projecto e executar-se a obra temos que saber qual a função para aquele espaço e haveremos de encontrar uma alternativa para que o IPPAR possa assumir a recuperação do imóvel», disse o edil. José Barbosa refere que é do «melhor agrado» da autarquia que seja a UM a assumir a gestão e manutenção do imóvel, estando posta de lado uma parceria com outra instituição de ensino da região caso aquela universidade pública decline o convite. IPPAR determinado na recuperação A reitoria da UM recebeu a proposta após uma reunião do presidente da Câmara de Amares com a nova directora Regional do Porto do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR). O edil diz ter sido informado de que o projecto para o Mosteiro de Rendufe que havia sido mencionado pela anterior direcção do IPPAR «afinal não existia» e que as negociações com o proprietário estavam numa fase embrionária, pelo que houve que reiniciar o processo. Foi, então, que surgiu a ideia de criar um pólo universitário, onde possa ser ministrado pelo menos um curso e alojar professores convidados. O município de Amares compromete-se a assumir a gestão da área que será concebida para a promoção de produtos locais e para a interpretação do triângulo beneditino bem como a responsabilidade de dinamização de actividades culturais no exterior. Se a Universidade do Minho aceitar a parceria, a direcção regional do IPPAR vai apresentar o projecto ao Governo a fim de conseguir financiamento, quer para a aquisição do Mosteiro, quer para a sua recuperação. O DM tentou obter uma posição da Universidade do Minho, mas o professor que está com este dossiê encontra- se de férias. Entretanto, o IPPAR colocou uma estrutura metálica no alçado sul do imóvel a fim de evitar a derrocada dos muros. José Barbosa afiança que a direcção do Instituto está «determinada em assumir com determinação o processo de recuperação do Mosteiro de Rendufe».