O cardeal Franz Koenig, antigo arcebispo de Viena, morreu no passado sábado aos 98 anos. João Paulo II rendeu-lhe imediatamente a sua homenagem, qualificando-o como “homem de diálogo”. “O seu testemunho da Boa Nova de Cristo e o seu compromisso pela paz e a reconciliação irradiaram muito além das fronteiras da sua pátria”, afirma o Papa num telegrama, escrito ao receber a notícia. Conhecido como uma peça chave na eleição do actual Papa, em 1978, D. Koenig tornou-se arcebispo em 1956. Dois anos mais tarde foi elevado a cardeal pelo então Papa João XXIII. O cardeal agora falecido foi um dos estadistas internacionais da Igreja Católica durante a Guerra Fria, criando ligações com igrejas na Europa comunista de leste. “Sentia uma particular preocupação por apoiar os fiéis do Leste europeu no período da funesta divisão política do continente”, afirma o Papa na sua mensagem, enviada pelo cardeal Angelo Sodano, secretário de Estado. O cardeal König desempenhou um papel de protagonista no Concílio Vaticano II, no qual interveio em várias ocasiões sobre o ministério e a colegialidade episcopal, a reforma litúrgica, o direito canónico, os leigos e Maria.
