Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, inaugurou um monumento público dedicado a João Paulo II, com várias frases, entre as quais “Não tenhais medo, abri as portas a Cristo”. Em visita a Cuba onde vai permanecer até ao próximo dia 26, o Cardeal Bertone, na saudação aos representantes do Clero, dos religiosos e leigos do diocese de Santa Clara, enalteceu que o monumento vai tornar presente a memória de João Paulo II e a sua presença em Santa Clara, há 10 anos atrás. A inauguração do monumento “será também uma ocasião para recordar a actualidade da sua mensagem”, de João Paulo II, “cheia de fé e esperança e de um modo particular as suas palavras em favor do matrimónio e da família”. O Cardeal Bertone afirmou que todos os dias “experimentamos com maior clareza a importância da família, seja na nossa vida pessoal ou na sociedade em geral”. A Igreja que “é a grande família de Deus, percebe de modo especial, tudo o que prejudica o matrimónio, que não assenta na natureza”, enfatizou, acrescentando que a Igreja “luta com toda a sua energia para que a beleza e bondade da vocação ao serviço da vida e da natureza humana” sobressaia. O Cardeal Bertone recordou que a viagem de João Paulo II, em 1998, se iniciou precisamente com uma eucaristia em Santa Clara, no Instituto Superior de Cultura Física “Manuel Fajardo”. Serão musical A noite do Secretário de Estado do Vaticano, em Cuba terminou com um concerto de música tradicional. O Cardeal Bertone, no final do concerto, exprimiu que numa linguagem universal, a música tem “o dom de chegar directamente ao coração, porque exprime sentimentos e estados de ânimo que dificilmente poderão descrever-se em palavras”, tais como a alegria ou a esperança, a melancolia ou a nostálgica, e “manifestam a natureza humana mais pura”. A música acompanha e enaltece a vida e a actividade humana em todo o momentos, afirmou o Cardeal. “Fala-nos da elevação acima da materialidade, dá-nos alento e sentido”. Estados de alma que ganham maior dimensão através da música tradicional de um povo, que traduz “a expressão mais genuína, que perdura no tempo”, pois “mantém a sua identidade e raízes”.