José Luís Ramos Pinheiro, gerente do grupo R/Com
Gosto de pensar nos grandes acontecimentos da vida da Renascença, como o resultado de uma inspiração maior que lhes dá um sentido e uma expressão que em muito os ultrapassa. Muitos dos desenvolvimentos/acontecimentos da Renascença centraram-se na procura (sempre inacabada) de respostas a questões como estas: Como comunicar Jesus na cidade? E como falar de Jesus a pessoas dos mais diversos estratos sociais, etários ou geográficos?
Numa história rica de 75 anos, podem eleger-se, graças a Deus, vários acontecimentos decisivos, para a emissora católica portuguesa. Alguns desses acontecimentos são públicos e notórios; outros, essenciais para o caminho feito, ficaram fechados nas paredes de estúdios, gabinetes e corredores.
Os acontecimentos ligados ao 25 de Abril, por exemplo, permitiram, a um nível nunca visto, entrelaçar a Rádio Renascença com o país. A causa da Renascença, mesmo que instrumentalizada por alguns, tornou-se na causa de Portugal e dos portugueses que aspiravam à liberdade efetiva e que resistiam a novas formas de totalitarismo.
Mas tudo isto, e muito mais que se lhe seguiu, só foi possível pela visão e ação de Monsenhor Lopes da Cruz. O fundador da Renascença esteve certo antes do seu tempo. Sonhou e criou o primeiro grupo multimédia português. Envolveu-se na rádio, mas também na imprensa, no cinema e na própria RTP, a primeira televisão portuguesa.
Monsenhor Lopes da Cruz, homem de fé e de visão, foi e é o “grande acontecimento” para a história da Renascença. E não se pretenda prendê-lo ao passado. Aquilo que fez, e como fez, é também uma lição para o futuro!
José Luís Ramos Pinheiro, gerente do grupo R/Com