Moçambique: Universidade Católica celebra 20 anos com apelos à paz

Beira, Moçambique, 17 set 2015 (Ecclesia) – A Universidade Católica de Moçambique (UCM), com sede na cidade da Beira, reuniu personalidades nacionais e estrangeiras pelo seu vigésimo aniversário, num encontro de onde saíram apelos à paz neste país lusófono.

No encontro promovido pela UCM estiveram presentes o antigo chefe de Estado, Joaquim Chissano, o líder da Renamo, Afonso Dlhakama e o arcebispo emérito da Beira, D. Jaime Gonçalves, que foi mediador nas conversações que originaram o Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, em 1992.

A Rádio Vaticano contextualiza que a iniciativa da instituição de ensino católica acontece num período que o país lusófono “vive um clima de tensão político-militar” com o líder da Renamo a “ameaçar governar à força, sobretudo nas províncias que alega ter ganho nas eleições presidenciais”.

Neste contexto, Joaquim Chissano revelou que não lhe “resta dizer mais nada” a Afonso Dlhakama porque “já disse várias vezes que deve encontrar-se com o Chefe do Estado para conversar”.

O atual presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, convidou oficialmente o líder da Renamo, partido na oposição, para um encontro sobre paz e estabilidade política no país, que foi recusado porque “alegadamente a agenda não é clara”.

De recordar que Filipe Nyusi assinalou que a Igreja Católica “sempre convidou” a sociedade moçambicana a “apreciar todas as pessoas, especialmente as mais vulneráveis e necessitadas”, no passado dia 7 de setembro.

O presidente da República de Moçambique destacou a ação na preservação da paz e os esforços em prol da reconciliação nacional, num discurso no contexto do aniversário da independência deste país, num celebração na Catedral de Tete, divulgou a Agência Fides.

RV/CB

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Agência ECCLESIA

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