Moçambique: Portuguesa volta a ajudar população de Cabo Delgado, oferecendo receitas de um dia de trabalho

Sílvia Duarte organiza, no dia 13 de maio, uma ação de solidariedade no próprio salão de cabeleireiro

Foto Fundação AIS

Lisboa, 08 mai 2025 (Ecclesia) – A portuguesa Sílvia Duarte vai voltar a ajudar as vítimas de terrorismo em Cabo Delgado, Moçambique, desta vez abrindo as portas do próprio salão de cabeleireiro, a 13 de maio, com as receitas do dia a reverter a favor da causa.

“Dar o meu próprio trabalho é dar também um pedaço de mim”, afirmou a cabeleireira, em declarações à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), divulgadas hoje, justificando a ação solidária, que acontece no salão, na avenida Aida, no Estoril Garden, perto do Casino Estoril, em Cascais.

Devidos aos ataques que “continuam na região”, à fuga da população “todos os dias”, com a Igreja a não ter mãos a medir para ajudar “tantas pessoas em necessidade”, Sílvia Duarte afirma que decidiu oferecer “um dia de trabalho” para “minimizar um pouco esse sofrimento humano”.

“Todas as pessoas que lá forem neste dia 13 ao meu salão estarão a ajudar as vítimas do terrorismo em Cabo Delgado. Seja cuidando do cabelo, das mãos, dos pés… tudo o que fizerem, tudo o que pagarem reverterá para a Fundação AIS, para que esta obra da Igreja, que tem uma missão tão bonita, de ajudar os cristãos perseguidos, possa canalizar mais e mais ajuda para a Diocese de Pemba, em Moçambique”, explicou.

A escolha da data para a realização da iniciativa em prol da AIS não foi aleatória, assinala a portuguesa, uma vez que a 13 de maio, há 108 anos, Nossa Senhora aparecia aos pastorinhos.

“Esta é uma forma também de invocar e agradecer à Mãe de Deus tudo o que tem feito por mim ao longo da minha vida”, destacou Sílvia Duarte.

Foto: Fundação AIS

Esta é mais uma ação de solidariedade que a cabeleireira tem para com o povo de Cabo Delgado, depois de em maio do ano passado ter realizado uma corrida de atletismo para ajudar a Fundação AIS.

Meses depois, em outubro, o bispo de Pemba (Moçambique), encontrou-se com Sílvia Duarte para agradecer o apoio, em nome de todos os moçambicanos que enfrentam o flagelo do terrorismo na sua diocese, que já causou mais de cinco mil mortos e mais de 1 milhão de deslocados, informa a AIS.

Com o gesto solidário da corrida, a portuguesa angariou cerca de cinco mil euros em donativos, tendo na altura confessado que estas ações é que a “sentir útil ao mundo”

LJ/OC

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