Há um défice democrático em Moçambique e a oposição quase não existe. A opinião é de D. Elio Greselin, o novo Bispo que o Papa Bento XVI nomeou para a Diocese de Lichinga, no norte do país. Em declarações à Renascença, este Bispo oriundo da congregação dos Dehonianos, admite mesmo que há medo nos partidos da oposição. “O partido da oposição que era a Renamo parece que está um pouco afastado ou adormecido, não encontra maneiras ou pontos sobre os quais deve actuar. Ou é medo ou são outras coisas, não sei”, afirma D.Elio Greselin. Para este missionário italiano, os níveis de abstenção das últimas eleições autárquicas revelam que o povo moçambicano ainda não tem uma cultura cívica e admite que a recuperação da economia está a fazer-se de forma muito lenta. D. Elio Greselin reconhece que ficou surpreendido com a escolha do Papa e promete dar prioridade à formação do Clero na sua nova Diocese de Lichinga. A ordenação episcopal de D. Elio Greselin está marcada para 22 de Março.