Moçambique: “Cipriano”, o catequista que cuida da sua comunidade

Lisboa, 06 set 2013 (Ecclesia) – O documentário “Cipriano” conta a história de um catequista moçambicano que nasceu numa família muçulmana e, depois de convertido à fé católica, como catequista, tomou conta da comunidade local durante a guerra.

“Na comunidade, o próprio catequista é responsável pela catequese, pela preparação dos catecúmenos para os sacramentos, pelas celebrações dominicais. Ao domingo, onde não há a eucaristia, as comunidades fazem a celebração da Palavra”, explica Cipriano Parite.

O documentário da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), transmitido esta quinta-feira no programa ECCLESIA da RTP2, dá a conhecer Cipriano Parite, nascido na tribo Macua, na vila de Napano, no norte de Moçambique.

Filho de pais muçulmanos, o catequista foi enviado para a escola católica da missão de Mueria e, em 1957, foi batizado.

Cipriano Parite conseguiu converter a sua família à fé católica e, quando regressou à aldeia-natal, tomou conta da comunidade local durante a guerra da independência, que durou 11 anos, e na posterior guerra civil, que se prolongou por mais 17 anos.

O número de mortos destas duas guerras, a da independência com Portugal e depois entre o partido do Governo, RENAMO, e a oposição, FRELIMO, resultaram em mais de um milhão de mortos.

Foram contabilizados três milhões de refugiados e a perseguição e violência afetaram também os cristãos.

Depois dos sacerdotes e dos missionários terem sido presos ou expulsos as pequenas comunidades cristãs, dispersas por Moçambique, ficaram sob a responsabilidade de catequistas, como foi o caso de Cipriano Parite.

“O catequista é responsável por dar assistência à comunidade, com muitos sacrifícios: viagens, fome, às vezes carências materiais e sem qualquer apoio económico”, assinala Cipriano.

AIS/CB

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