Moçambique: Ataque a aldeias e rapto de jovens lançam alarme entre a população

Norte do país tem sido palco de violência fundamentalista, nos últimos anos

Lisboa, 06 dez 2021 (Ecclesia) – A fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informou hoje que dois ataques nas últimas semanas, no norte de Moçambique, “estão a lançar o alarme entre a população”, alvo de violência por parte de grupos fundamentalista.

O incidente mais recente aconteceu esta sexta-feira, na aldeia Nova Zambézia, distrito de Macomia, Cabo Delgado, onde foram queimadas cerca de 15 casas, sem registo de vítimas.

Segundo a AIS, num ataque anterior, no final de novembro, “os terroristas terão raptado cerca de uma centena de jovens, além de que foram também saqueadas e incendiadas algumas habitações” na aldeia de Naulala, província de Niassa.

A fundação pontifício relata receios de que “os chamados insurgentes ou ‘al-shabaab’, como os grupos terroristas são conhecidos localmente, estejam a implantar-se já na província de Niassa, podendo inclusivamente ser uma ameaça para a cidade de Lichinga”.

Uma operação militar está em curso em Cabo Delgado, para travar a violência, envolvendo não só as Forças de Segurança e Defesa de Moçambique, mas também do Ruanda e de países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, a SADC.

Os ataques terroristas, que tiveram início em outubro de 2017, terão provocado cerca de 3 mil mortes e mais de 800 mil deslocados.

OC

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