Mobilizar para o combate à pobreza

“Levanta-te contra a pobreza”. Mais do que o gesto em si, a Oikos, dinamizadora desta iniciativa em parceria com a sociedade civil, pretende fazer lembrar os líderes políticos para a erradicação da pobreza extrema até 2015, um dos Objectivos do Milénio, estabelecidos pelas Nações Unidas. “O «levanta-te» significa tomar a iniciativa” explica João José Fernandes, director executivo da Oikos à Agência ECCLESIA. “O objectivo é que enquanto cidadãos comuns, estes se mobilizarem na luta contra a pobreza”. O simbolismo desta iniciativa pretende apelar aos líderes políticos, no caso de Portugal a José Sócrates” para que cumpra os compromissos a que se obrigaram no ano 2000, de contribuir com 0,7% do PIB para o desenvolvimento dos países pobres. Num segundo nível, “que as pessoas por elas se organizem e encontrem respostas para erradicar a pobreza nos países mais pobres” explica, dando conta que o objectivo de erradicação da pobreza extrema para metade até ao ano 2015, “dificilmente vai ser cumprido com o actual nível de investimento”. Na África Subsariana as previsões que se fazem dizem que, a este ritmo só no ano de 2228 é que o objectivo seria cumprido. “Por isso resolvemos tomar esta iniciativa no sentido de recordar as promessas feitas” afirma João Fernandes. Esta iniciativa está a ser dinamizada em vários pontos do nosso país por individuais mas também por Câmaras Municipais, associações e já “ontem a adesão estava a ser muito positiva” lembrando as iniciativas em Elvas, no Alandroal e no Porto. “Hoje contamos com uma adesão maior ainda, até por parte de escolas e universidades que ontem estavam fechadas mas que hoje se iam juntar” afirma o director da Oikos dando conta que em Portugal esperam atingir 10 mil participantes e um milhão em todo o mundo. Os resultados serão divulgados amanhã, recolhidos a partir dos 100 países participantes e enviados posteriormente ao Guiness Book. Participante nesta iniciativa, a realidade da pobreza não é estranha ao nosso país. “As causas da pobreza são todas muito comuns entre os países ricos e os países pobres, e apesar de Portugal se inserir ainda nos países do norte, esta realidade também lhe é próxima”, sublinhando que os fenómenos de pobreza em Portugal são marcados, principalmente, pela exclusão social e pela falta de igualdade de oportunidades. Por isso é importante” continuar a fazer acções de dinamização e esclarecimento para que se possa actuar de facto contra a pobreza” conclui. Notícias relacionadas Levanta-te contra a pobreza

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