Homilia de D. Manuel Linda no Dia Mundial das Missões
Lisboa, 20 out 2014 (ECCLESIA) – D. Manuel Linda, presidente da Comissão Episcopal das Missões e Nova Evangelização, afirmou este domingo que o desafio missionário deve levar os cristãos a comprometerem-se com as “grandes causas da humanidade” para que o mundo não fique “de pernas para o ar”.
“Comprometamo-nos, efectivamente, com as grandes causas da humanidade. Até porque, se não o fizermos, outros se comprometerão em pôr o mundo de pernas para o ar. Não ouvimos falar de jovens que se comprometeram na causa da guerra, do assassinato em série, da violência mais animalesca?”, disse D. Manuel Linda.
Na homilia da missa no Dia Mundial das Missões que a Igreja Católica assinala em cada ano no terceiro domingo de outubro, o presidente da Comissão Episcopal das Missões e Nova Evnagelização (CEMNV) sustentou que os missionários são exemplos de cristãos “comprometidos com as grandes causas da humanidade”.
Para D. Manuel Linda, o desafio missionário da Igreja, “o anúncio com palavras e gestos”, é “o seu tormento e o seu êxito, a sua paixão e o seu zelo, o martírio que lhe advém do trabalho sempre em aberto e a coroa de glória de fidelidade à razão pela qual o seu Fundador a instituiu”.
O presidente da CEMNV recordou que a missão da Igreja “não se origina num projeto humano de proselitismo” nem na “captação de simpatias” para “instaurar um novo colonialismo de qualquer ordem”, antes para apresentar Aquele que “faz mudar de vida” e “lhe concede um sentido”.
“Foi isto que pôs os apóstolos ‘em saída’. É esta convicção, coerente e vigorosa, que impele os Apóstolos de hoje, os missionários – homens ou mulheres, jovens ou menos jovens, leigos, religiosos ou sacerdotes – a duas atitudes: primeiro, a tornarem-se eles mesmos discípulos do Evangelho que proclamam e a converter-se a ele; depois, a partir para o desconhecido”, referiu.
No dia Mundial das Missões, D. Manuel Linda afirmou a “imensa admiração” pelos missionários e missionárias por o terem ajudado a compreender “o que é ser Igreja”.
“ A eles, aos milhares e milhares de missionários e missionárias, particularmente aos portugueses, o tributo da minha imensa admiração e o meu muito obrigado pela forma, não teórica mas vital, como me ajudam a compreender o que é ser Igreja”, declarou.
O presidente da CEMNV concluiu pedindo aos cristãos portugueses, que “adquiriram a consciência de colaborarem materialmente com as Missões”, para irem “mais longe”, passando da “entrega do dinheiro à entrega da vida a esta grande causa”.
PR