Missões: «Acreditamos nessas sementes que são lançadas no voluntariado» – padre Simão Pedro 

Presidente dos Animadores Missionários Ad Gentes, ANIMAG, lamenta falta de vocações para os Institutos Missionários

Lisboa, 15 nov 2019 (Ecclesia) – O padre Simão Pedro, presidente dos Animadores Missionários Ad Gentes, ANIMAG, confessa a preocupação pela falta de vocações mas acredita nas “sementes que são lançadas através do voluntariado missionário” e outros projetos de missão. 

“É uma preocupação abrangente a todos os institutos e dioceses, para nós também é um mistério, não conseguimos compreender esta falta de vocações mas percebemos que há muitos fatores, como por exemplo, os jovens deste mundo ocidental, ditos países ricos, têm uma cultura de egocentrismo e relativismo”, disse o sacerdote em declarações à Agência ECCLESIA. 

O presidente dos ANIMAG aponta que “há uma grande falta de compromisso” para que se entregue a vida toda mas acredita nas “sementes” que vão sendo lançadas. 

“Uma grande força de hoje em dia são os números do voluntariado, acreditamos nessas sementes que são lançadas no voluntariado missionário e na Missão País, por exemplo, entre outros, temos de agarrar esse espírito de voluntariado”, destaca.

O padre Simão Pedro lamenta que este voluntariado seja entendido como “não duradouro, por pequenos períodos de tempo” e os jovens precisam de ser ajudados a “assumir compromisso”.

“Se há falta de vocações na Igreja e nas congregações, para os Institutos Missionários Ad Gentes, ainda é mais duro porque, por vocação, não ficamos no nosso país, mas vamos para países mais pobres e isso assusta os jovens, habituados a viver na comodidade”, aponta.

«Todos, tudo e sempre em Missão: A Missão hoje, o hoje da Missão!» foi o tema escolhido para a Assembleia anual que reuniu, em Évora, os Superiores Maiores (Gerais e Provinciais) dos Institutos Missionários Ad Gentes (IMAG). 

“Saímos dali com a prioridade de avaliar quanto é que a Igreja em portugal é missionária hoje, perceber a realidade de todos, não só do clero, mas de todos os portugueses, e da consciência que têm disso, seja numa ida à missa ou na catequese”, explicou o missionário da Consolata.

O religioso assumiu funções como presidente dos ANIMAG, em novembro de 2018, e contou à Ecclesia, que “só faz sentido trabalhar um união com todos”, para abranger toda a gente e só assim o “Evangelho faz sentido do maior ao mais pequeno”. 

O ANIMAG é um organismo de animação missionária, integra-se no IMAG, e é composto por 26 institutos missionários ad gentes.

SN

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Agência ECCLESIA

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