Missionários portugueses falam de tragédia em Madagáscar

Missionários portugueses em Madagáscar deram conta da situação de tensão que se vive no país, perspectivando um agravamento dos conflitos. Segundo o depoimento, a que a Agência ECCLESIA teve acesso, “tudo indica que as coisas irão resultar em confrontação politica, à semelhança de 2002, crise que durou 6 meses e deixou o país de rastos e com quanto sofrimento, sobretudo do povo simples e pobre”. Pelo menos 25 pessoas morreram este Sábado em Madagáscar durante uma manifestação anti-governamental. A polícia terá disparado contra os manifestantes junto ao palácio do Governo na capital. Os missionários acusam a guarda do palácio presidencial, “que se diz ser constituída por mercenários sul-africanos e congoleses”, de abrir fogo indistintamente sobre a multidão com rajadas de metralhadora. “As notícias são muito díspares e a rádio e televisão nacionais não funcionam”, referem os missionários, cujas identidades permanecem no anonimato por motivos de segurança. Pelo menos 130 pessoas morreram nas violências política que eclodiram nesta ilha do Oceano Índico. Domingo, a policia anti-motim patrulhava nas ruas da capital onde os manifestantes continuavam a agrupar-se. O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Jean Ping, enviou um emissário especial, Amara Essy, a Madagáscar para tentar pôr termo à crise política. O Presidente de Madagáscar, Marc Ravalomanana, está em conflito com o presidente da Câmara Municipal de Antananarivo, Andry Rajoelina, que pediu aos seus partidários para se oporem ao regime de Ravalomanana, eleito em 2006, por causa das suas políticas “ditatoriais”. Bento XVI pediu este Domingo uma saída pacífica para as “fortes tensões políticas” que se registam em Madagáscar, na origem de grandes manifestações populares.

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