Missionários coreanos partilham experiências de missão na China

Vinte missionários que trabalham actualmente na China, bem como 36 membros de várias congregações missionárias, participaram num encontro sobre a missão naquele país, de 31 de Julho a 4 de Agosto. A presença de dois missionários da Consolata portugueses, Pedro Louro e eu próprio, tem a ver com a intenção da Consolata entrar na China num futuro não muito distante. Três experiências missionárias abriram os trabalhos do encontro: uma religiosa das missionárias de Siten que actua num centro para crianças portadoras de deficiências várias; um irmão leigo passionista envolvido na produção e exportação de chá; e um missionário das Missões Estrangeiras da Coreia, que trabalha numa leprosaria. Seguiu-se uma apresentação da realidade chinesa, pelo professor Oh Ghyu-Ghyol, da Universidade Digital de Seul. Tratou-se de uma apresentação muito técnica, que deu para recolher dados sobre aquele imenso país. A primeira condição para que um missionário possa entrar na China é a aprendizagem da língua. Uma qualificação em qualquer domínio, como inglês, informática ou saúde, é essencial, pois não é ainda possível entrar e permanecer na China simplesmente como missionário. As autoridades locais chinesas tornam difícil e impedem a entrada de religiosos no país. Por exemplo, as irmãs estão proibidas de usar hábito e nem sequer podem dar o nome da congregação às suas obras. Há regiões mais isoladas onde o controlo não é tão cerrado e, como tal, há uma certa liberdade para os missionários. Apesar das dificuldades, todos são unânimes em afirmar a necessidade e urgência de entrar e trabalhar na China. Os protestantes, como em tantos outros países, já tomaram a dianteira e estão a percorrer esse caminho. O novo Cardeal coreano, Cardeal Nicolau, celebrou a eucaristia de encerramento do encontro, que teve lugar na casa de retiros da diocese de Suwon, “Casa de Arão”. Álvaro Pacheco

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