A missão social, intrínseca ao carisma da vida religiosa, esteve em análise na 4ª Assembleia Geral da CIRP – Confederação dos Institutos Religiosos Portugueses. A reflexão contou com a ajuda do Pe. Amadeu Pinto que se referiu à justiça e caridade como essenciais “não naquilo que se faz, mas sobretudo no que somos”, relembrou à Agência ECCLESIA o Pe. Manuel Barbosa, Presidente da CIRP. Acerca da lei da imigração, que se encontra em discussão na especialidade em sede de comissão parlamentar, contaram com o contributo de Bernardo Sousa, do ACIME, referindo-se “às vantagens da lei, sublinhando que nem tudo é positivo, mas que contempla alguns avanços”, relembra o Presidente da CIRP. A CIRP constituiu uma comissão de apoio a vítimas do tráfico de pessoas, e há inclusivamente um plano que está a ser preparado que visa o combate ao tráfico de pessoas. Foi apresentada um quadro “pormenorizado desta realidade crescente em Portugal”, salientando também o esforço que as congregações “sobretudo de irmãs” estão a fazer no desenvolvimento deste trabalho. Os trabalhos foram enriquecidos com a partilha de algumas experiências concretas. Trabalho com crianças em risco, casos de sucesso de inserção no Bairro 6 de Maio, em Lisboa, ou mesmo as tarefas desenvolvidas pelo Centro Padre Alves Correia, pertencente aos Espiritanos, que presta apoio aos imigrantes. Por último foi partilhada a experiência do combate ao tráfico de pessoas e prostituição. Tempo ainda para partilhar dificuldades e para apresentar sugestões para trabalhar “mais e melhor em conjunto”, com uma forte aposta na formação “que é imprescindível”, salienta o Pe. Manuel Barbosa. O dia terminou com as orientações da Igreja em Portugal para a Pastoral Social, relembradas por D. José Alves, que se centrou no conteúdo da Doutrina Social da Igreja.
