Missão País: Novos chefes nacionais incentivam jovens a «servir e dar-se aos outros» (c/vídeo)

Responsáveis destacam desafios da pandemia de Covid-19

Lisboa, 21 abr 2020 (Ecclesia) – Carminho Ferreira Martins e Manuel Silva são os novos chefes nacionais da ‘Missão País’, uma iniciativa desenvolvida por estudantes universitários, e incentivaram hoje os jovens nestes “tempos diferentes, extremamente desafiantes” a “procurar poder servir e dar-se aos outros”.

“Ser jovem está relacionado a uma capacidade de se dar aos outros, de se pôr para servir e é esse o apelo que fazemos aos jovens nestes tempos específicos de não ficar parados e procurar poder servir e dar-se aos outros”, explicou Manuel Silva.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o jovem de 21 anos afirmou que a sociedade vive “tempos diferentes, extremamente desafiantes” e é pedido aos jovens “esta capacidade de ser jovem, em que não seja só um número no cartão de cidadão, não seja só um ano de nascimento”.

Manuel Silva revelou que foi com “grande entusiasmo” que recebeu a nomeação para ser chefe nacional da ‘Missão País’ 2021, um projeto pelo qual tem “um carinho especial” e recorda que este ano foi responsável pela área da logística, na equipa nacional, para além de “quatro anos missões, no Instituto Superior Técnico”, onde há dois anos foi chefe geral numa missão, e uma na Nova SBE.

“É um projeto pelo qual tenho bastante um carinho especial, é com grande alegria que aceito esta missão de poder dar continuidade e inspirar tantos corações por todo o país”, acrescentou.

Carminho Ferreira Martins explica ser chefe nacional da ‘Missão País’ é “um convite muito grande” por que “é estar à frente de um projeto que marca muita gente” e que muitas pessoas têm “muito carinho”.

“É sempre um bocadinho assustador ao início e ao mesmo tempo uma grande alegria poder fazer parte de uma coisa tão boa”, destacou a estudante de Serviço Social (UCP), que já tem uma licenciatura em Design (IADE) onde participou em quatro missões.

Neste contexto, à Agência ECCLESIA, Carminho Ferreira Martins adianta que mesmo em tempo de pandemia a Missão País 2020 não parou, continuaram “a ter reuniões com a equipa nacional 2020 para fechar o ano, passagens de pasta” e, agora, já estão a “pensar no ano 2021 e a começar a construir a equipa nacional”.

A jovem estudante de 21 anos, que este ano trabalhou na parte da imagem, destaca que a Missão País 2020 “correu muito bem, continua a crescer”, e conseguiram “abrir missões em novos sítios, como no Algarve, afinal, “cada vez mais há jovens a querer participar”.

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3386 estudantes missionários, de 55 faculdades, estiveram envolvidos em 60 missões em território nacional, que se realizaram entre 20 de janeiro e o mês de março; ‘Desce depressa! Eu fico contigo’ foi o tema deste ano inspirado na passagem bíblica de Zaqueu e situa-se também entre a exortação pós-sinodal ‘Cristo vive’, do Papa Francisco, e a Jornada Mundial da Juventude que Lisboa vai receber em 2023.

“O fenómeno da Missão Pais vem principalmente da capacidade e da inovação que teve em juntar dois mundos: A nossa vida católica e a nossa vida universitária, surgiu desta necessidade de viver a fé na faculdade. À medida que se vai missionando em Portugal e se vai percebendo o impacto que tem acaba por chamar muitas pessoas pelo lado mais missionário de estar no terreno”, desenvolveu Carminho Ferreira Martins.

Os jovens estudantes universitários estão em cada localidade ao longo de um triénio, com uma etapa por ano – ‘acolher, transformar, enviar’ – que, segundo Manuel Silva, estão relacionadas com as “três graças do santuário” (Schoenstatt): “O acolhimento em que nos damos a conhecer à terra e somos acolhidos pela comunidade; a transformação em que procuramos conhecer mais sobre a fé e fazer mais atividade e o envio apostólico em que deixamos essa terra, vamos missionar para outra terra e a comunidade, por si só, consegue gerar grande alegria entre eles”.

O estudante de Gestão (mestrado) assinala ainda que ao longo do ano “várias missões procuram fazer algumas visitas” ao lar, atividades com os miúdos da escola e existe “sempre ligação à paróquia para continuar este caminho que é feito na semana de missão ao longo do ano”.

O novo chefe nacional da Missão País 2021 lembra que o “lema intemporal” desta iniciativa é ‘inspirar gerações que vivam a fé católica em missão’, e explica que “a parte mais difícil, o verdadeiro desafio”, começa na faculdade regressam da semana de missão e para essa pós-missão existem os NEC – Núcleos de Estudantes Católicos – onde “continua a haver discussão de temas, reunir-se, e não deixar que esse espírito caia”.

A ‘Missão País’ é uma iniciativa universitária que começou com estudantes ligados ao Movimento Apostólico de Schoenstatt, com 20 jovens, em 2003, e participam jovens de todos os credos e que não professam nenhuma religião.

“A Missão País não esconde que é um projeto católico, dai chamar-se missão e não voluntariado, junta a parte da fé. O que chama muitos jovens que não vão por esta parte espiritual é se calhar porque veem o espírito missionário que é muito bom, vem da alegria de missionar e encontrar Deus esta semana. E isso também atrai muitas pessoas que não vivam a fé”, realçou Carminho Ferreira Martins.

CB

 

 

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