Chefes nacionais da edição 2023, que assinala 20 anos do projeto, afirmam que as semanas de missão convocaram para a Jornada Mundial da Juventude
Lisboa, 21 fev 2023 (Ecclesia) – Os chefes nacionais da Missão País 2023 afirmaram que os 20 anos do projeto é validado pela sua simplicidade, que este ano quis levar o espírito da Jornada Mundial da Juventude ao interior e marcar a vida dos missionários.
“Isto é mais do que uma semana, é o início de uma vida”, afirmou Tomás Rodrigues que, com Mafalda Correia de Sá, fazem a equipa de chefes nacionais da Missão País 2023.
Nomeados para coordenar as missões deste ano de 2023, Tomás e Mafalda iniciaram a preparação em março de 2022 e sentiram que o trabalho realizado “foi missão ainda antes da Semana da Missão”.
Mafalda é aluna de mestrado em Psicologia e fez missão em Veiros, no concelho de Estremoz, que recebeu missionários pela primeira vez; Tomás frequenta o mestrado em Direito, na Universidade Católica Portuguesa, e participou na Missão de Melides, pelo segundo ano.
A Missão País 2023 tem por tema a frase do Evangelho “Alegra-te, Ele está contigo”, escolhida em sintonia com o tema da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (“Maria partiu apressadamente”).
“O tema surgiu em junho, após várias reuniões e a ouvir o que as vozes do tempo nos pediam e o que nos seria pedido para este ano de missão”, recorda Mafalda.
Os chefes nacionais sublinham a importante da equipa de espiritualidade da Missão País, que propõe dinâmicas de oração para uma semana de missão, assim como a equipa do teatro, do hino e da imagem.
“Não são pontas soltas, são conteúdos que nascem da oração conjunta nossa e da nossa amizade”, afirmam.
Tomás Rodrigues considera que as pastas da Missão País “estão todas ligadas umas às outras” e é possível “olhar para o hino e ver oração, olhar para o teatro e ver hino e oração, olhar par a imagem e conseguir rezar”.
Questionados sobre a presença da JMJ na Missão País 2023, os chefes nacionais afirmam que as semanas de missão teriam de “ser a ponte e caminho” para o encontro de jovens de todo o mundo como Papa, em agosto deste ano.
“O que o Papa Francisco nos pede é que isto não seja um evento, mas um encontro de missionários. E porque a Missão sempre foi um encontro de missionários, a Missão País é um aviso grande a dizer: saiam apressadamente desta semana e preparem-se para as jornadas”, afirmou Tomás.
Os chefes da Missão País 2023 consideram que os missionários levaram “um bocadinho das jornadas ao interior de Portugal”, pela presença dos jovens e por comunicarem o que vai acontecer em Lisboa, no verão deste ano e afirmam que a “simplicidade” é o que faz crescer este projeto.
“O que traz imensa sustentabilidade ao projeto é mantermo-nos simples e iguais desde o início… Desde o início que o objetivo é dispormos de uma semana de despojamento inteiro para entregarmos aos outros e irmos de porta em porta. E, 20 anos depois, a única que coisa que altera são os números, porque a simplicidade do projeto mantém-se”, sublinhou Tomás Correia.
A Missão País assinalou este ano 20 anos de história nas universidades de Portugal; o projeto começou com a opção de 21 estudantes, numa semana entre semestres do ano académico, escolherem um ponto do país e realizarem a missão de ir ao encontro dos habitantes, porta a porta.
A Missão País 2023 envolveu quatro mil missionários que, em missões de 58 elementos, se deslocaram para 64 localidades do país para uma semana de missão.
PR
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