António Sequeira Lopes iniciou a sua participação na dinâmica da Missão país em 2018, enquanto estudante da Faculdade de Belas Artes, em Lisboa, e assume que foi ao engano. Mas aquela semana foi o princípio de uma vida.
Nunca deixou de fazer perguntas sobre o sentido da vida, depois de em pequeno se ter afastado da prática cristã. Naquele ano, em Chão de Couce, entre 50 “miúdos” que abrem o coração nas partilhas de vida, “riem, choram e cantam em conjunto”, os pontos ligam e percebe que “Deus esteve sempre lá a escutar as perguntas que mandava para o ar”.
«O que melhor descreve a minha experiencia de fé é a simplicidade. Na Missão País estão 50 miúdos a falar de coisas sérias enquanto riem, cantam e choram. Como é que isto é possível? Isto é para quê? Não pode ser para nós e para nosso benefício. Tem algo mais. Como é que Deus se encontra aqui? Está em todo o lado, em cada conversa e partilha. E nessa simplicidade, os pontos começam a conectar-se e Deus diz ‘sempre estive aqui’.»
«Ser chefe de oração, tendo começado um caminho mais sério em 2018, parece uma responsabilidade muito grande – temos o alinhamento espiritual da semana nas mãos. Fiquei muito contente e emocionado e é uma confirmação do que este caminho que faço.»
«Se não tivesse acontecido missões na minha vida, muita coisa não tinha sido vivida. Há sempre mais questões que respostas mas ainda bem que há um espaço onde as posso colocar. A missão país não é uma conversão direta, mas pode ser o início de algo. Ser católico é difícil: é um trabalho constante de superação, de continuidade, de conversa, diálogo e que requer alguma rotina.»
«Aprendi muito em Belas Artes sobre pessoas, histórias, tolerância, empatia. Existe uma liberdade entre artistas, encontramos questões de identidade, de filosofia de vida que nos leva a pensar numa única coisa: perceba-se ou não, tudo o que está por trás, são pessoas com histórias, traumas e problemas, alegrias e frustrações iguais. Posso não perceber o que estás a sentir mas percebo que devo respeitar e ouvir-te.»