D. Rui Valério, que presidiu à celebração de encerramento, aponta semana «para reacender chama religiosa»




Lisboa, 22 mar 2025 (Ecclesia) – A edição de 2025 da Missão País chegou ao fim, com a celebração de uma eucaristia de ação de ação de graças, mas o chefe nacional António André Monteiro disse que o balanço é feito por cada missionário.
“Acho que é um impacto transformador nas vidas individuais de cada um. Mesmo que fossem só 10 pessoas a fazer a missão, seria igualmente importante e impactante, porque essas pessoas saem desta semana mudadas”, explica à Agência ECCLESIA.
Os responsáveis nacionais dão conta da participação de quatro mil pessoas nesta edição que teve como tema «Não perturbe o vosso coração».
António Monteiro nota que a experiência se centra na semana, “com muita intensidade”, e é pedido depois a cada missionário que na sua vida, dê continuidade à missão.
“Se calhar é ajudar em casa, se calhar é estar mais atento na faculdade, ser bom nos estudos e ser bom amigo. Em vez de ser estas coisas mais óbvias, tentar procurar conquistas nestas pequenas coisas do dia-a-dia”, aponta.
Madalena Videira, chefe nacional, fala na experiência, na organização, de viver durante o ano a semana da Missão País.
“O nosso foco é a semana de missão, mas o objetivo é dar início a uma vida transformada. E nota-se muito que os Núcleos de Estudantes Católicos pós-missão, ganham força e isso é bonito de ver que, no fundo, a Missão País é uma semana, que é uma semana de luz na nossa fé, que nos relembra do bom que é viver assim, e próximo de Jesus e ao serviço. É um despertar da fé, que faz nascer iniciativas e querer continuar a viver assim”, valoriza.
D. Rui Valério que presidiu à celebração, reconhece a Missão País como uma oportunidade para acender uma “chama”: “Muitos descobrem a fé, ficam abalados na sua indiferença à questão religiosa nestas experiências, e é bom que haja uma continuidade até no mundo académico”.
O Patriarca de Lisboa explica que este dia de término é dedicado à “gratidão”, relembrando tudo o que os missionários viveram.
“É um dia para agradecer a intensa experiência de Deus que viveram, o bem que levaram os outros, a ajuda a pessoas que habitualmente estão sós, levando-lhes companhia, presença, palavras de conforto”, recordou.
A Missão País é “um caminho para redescobrir os outros, os outros na sua dimensão de pessoa” e valorizar que “cada eu passa necessariamente pela presença e pelo contributo do tu do outro”.
Mariana, estudante na Faculdade Nova de Lisboa de Economia e Gestão, esteve na Missão País, pelo terceiro ano em Arganil, e valoriza o tempo transformador que a semana pode dar.
“Ali encontra-se uma semana muito transformadora. É muito giro ver a maneira como os jovens começam a semana e a maneira como saem, não é igual. E isso é uma coisa muito marcante de ver e de viver também. Esta conversão que se vai vivendo diariamente e aos poucos e poucos, é uma coisa muito bonita de acompanhar e de poder fazer parte”, conta.
LS