Curso de Missiologia termina amanhã Decorre até amanhã no Centro Missionário Allamano, dos Missionários da Consolata, o curso de Missiologia. A participar estão cerca de 50 pessoas, “num grupo bastante heterogéneo a nível de idade e bastante representativo ao nível eclesial e laical” sublinha o Padre José Augusto Leitão, presidente dos Institutos Missionários (IMAG) em declarações è Agência ECCLESIA. Uma iniciativa que nasceu do IMAG com o objectivo de dar formação, pois segundo o Padre José Leitão “reparámos que os currículos de formação teológica não tinham uma disciplina específica de formação missionária. Esta acabava por ficar bastante diluída nas outras disciplinas” refere. “Achamos por bem, fazer um curso específico dando a possibilidade às pessoas de aprofundar e não apenas partir em missão baseados na boa vontade, que às vezes não chega” sublinha. As temáticas abordadas no decorrer do curso privilegiam um equilíbrio entre o desafio teórico e de vivência de fé. Estão a ser abordada questões como a teologia da missão, a espiritualidade, a história da missão e também os desafios que a inculturação lança quando se entra em contacto com outras culturas. Um aspecto que o presidente do IMAG faz questão de referir é o tema da mulher como sujeito e destinatário da missão. “Há a ideia de que a missão é apenas feita por homens, mas esta deve ser encarada como projecto de toda a Igreja: homens, mulheres, religiosos, leigos…dever ser responsabilidade de todos e cada um deve realizá-la de acordo com o próprio carisma da sua maneira de ser”. Alguns dos participantes já tiveram na missão e pretendem aprofundar a experiência à posteriori, outros desejam formação para mais conscientes responderem a um chamamento ou vocação. “Quem não tiver um desejo de ser missionário não é ali que o vai encontrar. Ali estão disponíveis as bases teóricas que poderão ajudar” dá conta o Padre José Leitão. Dando conta da importância da mensagem que D. Serafim Ferreira e Silva dirigiu ontem aos participantes no curso, o Padre José Leitão sublinha a grande necessidade de re-evangelização e missão em Portugal. “Que ninguém pense que só depois de fazer muitos quilómetros é que se torna missionário, ou é aqui ou nunca será lá do outro lado do mar” manifestando também “a importância de um testemunho de vida, numa linguagem que as pessoas entendam”.